Semana passada, uma amiga me contou que o melhor pastel de feira da cidade não era feito exatamente em uma feira livre, mas na esquina da rua onde fica a escola que nossos filhos estudaram.
Como ela adora superlativos, decidi no sábado à tarde conferir de perto. E não é que o sujeito transformou a entrada da garagem em uma grande banca e ostenta uma faixa de agradecimento à fiel clientela que o elegeu o melhor pastel de feira de São Paulo. O preço e a fartura dos recheios contribuíram muito para a escolha. Independentemente do sabor, cada pastel custa R$ 2,50.
Atrás da bancada de madeira, forrada com plástico, no mínimo seis funcionárias se revezam na elaboração e fritura dos pastéis, cujos pedidos são anunciados a altos brados e numa rapidez assustadora. Há fila para tudo: para pedir, para pagar, para comer, para disputar os poucos lugares para sentar. Eu demorei pelo menos dez minutos para conseguir pedir um pastel de palmito com camarão. Mas, ninguém desanima. A banca é um sucesso.
Na verdade, se antes de abrir a banca o empreendedor fizesse um estudo do ponto, com certeza desistiria de abrir um negócio ali. Com exceção das crianças e adolescentes que frequentam a escola em dois períodos, não há mais movimento. Os estabelecimentos comerciais são raros na rua, que funciona como corredor de ônibus.
Nem por isso, a pastelaria improvizada assiste a uma queda de movimento nos fins de semana. Uma prova de que um bom produto com uma eficiente propaganda boca-a-boca é capaz de transformar um ponto considerado morto em um endereço bastante lucrativo. Fica o exemplo.
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