José Carlos Semenzato tem um currículo difícil de acreditar. Já foi contada muitas vezes, inclusive nesta PEGN, sua trajetória de Cafelândia, no interior de São Paulo, quando vendia salgadinhos aos 13 anos, até o auge da Microlins, que começou como escola de informática e virou uma rede de franquias de ensino profissionalizante. Contar a história dessa maneira faz parecer que foi fácil, mas houve muitas dificuldades, que você pode ler em duas matérias da PEGN: A trajetória de José Carlos Semenzato, da Microlins, e A hora da classe D.
Apesar da rede de ensino com faturamento de R$ 304 milhões em 2009 ser seu carro-chefe, há muito mais Semenzato além da Microlins. E ele não para de investir.
Em 2008, Semenzato vendeu 30% das ações do Grupo Microlins para a Anhanguera Educacional. A operação rendeu um aporte de R$ 25 milhões e a rede educacional tornou-se a maior do Brasil, com mais de 700 mil alunos. Junto com isso, Semenzato começou a investir em outras empresas. “Acho que ainda há vários setores da indústria que não estão se desenvolvendo plenamente”, afirma ele. Apresentava às empresas o seu know-how de quase 20 anos no mercado e demonstrava interesse em investir. “Surgiram oportunidades, eu abordei os empresários, que viram chance de crescer e aceitaram”, diz Semenzato.
Duas empresas de que agora é sócio-diretor são o Instituto Embelleze e o Instituto da Costura. Ambas têm estreita relação com a Microlins, por serem escolas de formação profissional. O Instituto da Costura atua no ensino do segmento de corte e costura e se coloca como a “única escola livre brasileira exclusivamente direcionada para a qualificação de profissionais polivalentes em costura industrial”. E o Instituto Embelleze é uma rede de franquias voltada para a formação de cabeleireiros e profissionais da beleza em geral. Tem mais de 230 franquias e faturamento de R$ 80 milhões.
No site www.semenzato.com.br, é possível ver todas as empresas em que ele tem participações. A última das parcerias foi com a Casa do Sorvete Jundiá. A Jundiá é a terceira maior fabricante de sorvetes no Brasil e tem 5% de participação em um mercado que movimentou R$ 2,26 bilhões no país em 2009. Totalmente brasileira, começou em Jundiaí, interior de São Paulo, há 35 anos com produção artesanal de sorvetes, e hoje tem produtos em mais de 20 mil pontos de venda no país. A Casa do Sorvete é sua aposta no setor de franquias.
“O Brasil tem um clima tropical, é o 10º maior produtor de sorvetes do mundo e o melhor colocado entre os países em desenvolvimento”, diz Semenzato. O plano é expandir a rede, que tem hoje três lojas próprias e cinco franquias, abrindo de 80 a 100 unidades até o final do ano. “Temos um banco de investidores procurando bons negócios, que tenham por trás grupos com expertise e credibilidade”, afirma, e por isso acha que o plano de crescimento, apesar de ousado, não é inverossímil.
Apenas dois meses depois de começar o trabalho de prospectar franqueados e estabelecer a política de franquias, Semenzato e seus sócios da Casa do Sorvete Jundiá, David Pinto e César Bergamini, já conversaram com mais de 150 empreendedores, e até o final deste mês de março já devem ter 20 contratos assinados. “O investimento na Casa do Sorvete é entre R$ 100 mil e R$ 150 mil: esta é a faixa de investimento que os empreendedores mais procuram”. O homem sabe do que fala.
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