terça-feira, 31 de julho de 2012

Decisões Tomadas Com Base Em Critérios Emotivos: Quando Se Ganha e Quando Se Perde?

A cultura e a política da empresa onde o profissional atua são determinantes nessas situações



No mercado de trabalho, dependendo do cargo que se ocupa, cada decisão tem um determinado peso. E grande parte delas gera alguma consequência, em maior ou menor grau, para as empresas ou para a própria carreira do profissional. No meio do caminho, a escolha feita pode ajudar ou prejudicar a trajetória profissional. E isso é natural, tendo em vista que em cada decisão existe um fator que pode ser um complicador ou um facilitador de todo esse processo: as emoções.

"As emoções nos acompanham o tempo todo e são importantes, pois nos fornecem pistas de como estamos e quem somos", afirma a psicóloga Clarice Barbosa. Ela explica que hoje existe uma linha tênue entre o âmbito profissional e o emocional. Em muitos casos, essa linha sequer existe – o que contribui para a existência de profissionais extremamente emotivos, que fazem suas escolhas de carreira baseadas apenas em questões emocionais.

A extinção da separação vida pessoal e profissional tem uma explicação bem racional. O mercado está mais competitivo, as informações chegam a todo momento e de maneira desenfreada e a qualificação para se dar bem na carreira tem de ser constante. Tudo isso, contando com o aumento do volume de trabalho, é o que explica a demanda por profissionais "multitarefa". O problema é que o dia continuou tendo 24 horas. "É muita informação em pouco tempo e não conseguimos ter tempo para pensar e aprofundar nada. Nossa mente tem um tempo interno. E não estamos respeitando esse tempo", explica a psicóloga.

Não é à toa a velha afirmação de que só é possível ter qualidade de vida quando se separa, ao menos, a vida profissional da pessoal. Para muitos profissionais, no entanto, essas duas esferas se tornaram uma só. As emoções, a partir daí, afloram mais. E vai ficando cada vez mais difícil saber quando a decisão a ser adotada foi baseada mais em critérios racionais que emocionais.

O racional x o emocional

"Profissionais mais emotivos aprenderam desde cedo a lidar com situações externas utilizando as emoções", explica Clarice. "Com isso, eles acreditam que conseguirão tudo o que querem", afirma a psicóloga que conta conhecer casos de pessoas que choravam a cada crítica que recebiam do líder ou de colegas. Elas agem assim, explica Clarice, porque, de maneira geral, os emotivos estendem para o âmbito profissional emoções típicas da vida pessoal.

 Jason Salmon/ iStockPhotos 
A cultura e a política da empresa onde o profissional atua são
determinantes nessas situações 


Casos, por exemplo, de profissionais que recusam novas oportunidades por não quererem romper o vínculo que criaram com os atuais colegas de trabalho são comuns. "Nesse caso, a decisão se relaciona com a carência afetiva desse profissional", explica a psicóloga. Profissionais mais racionais não perderiam novos desafios por amizades dentro da empresa. "Eles estão pensando no progresso profissional", afirma.

"Com certeza, toda ação e decisão feita e adotada por impulso é complicada", afirma a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital Cristina Reininger. A especialista explica que profissionais que adotam critérios apenas emotivos para a tomada de decisão podem se prejudicar no mercado. "Eles podem ser vistos como imaturos", considera.

Um profissional que tem um comportamento mais emotivo, na avaliação de Cristina, é mais inseguro. Ela enfatiza, porém, que esse comportamento pode ser mais ou menos constante em determinadas profissões. A cultura e a política da empresa onde esse profissional atua também são determinantes na acentuação dessa característica. "Sempre tem uma influência do momento pelo qual esse profissional passa", avalia Cristina.

Consequências

Uma das consequências de se agir baseado nas emoções é justamente a estagnação da carreira, ou porque o profissional não percebe que isso está acontecendo ou pelo fato de ele cometer erros constantes. "Profissionais racionais pensam muito e agem menos. Os emotivos agem mais e, por isso, também erram mais", explica Clarice.

Outra consequência é o estresse. Um profissional mais racional nega o que sente e o emotivo é mais aberto a isso. "Com isso, o estresse pode ser maior no emotivo e pode até mascarar uma depressão", avalia a psicóloga. Tudo isso não significa dizer que ser racional é melhor quando se trata de desenvolvimento da carreira. Um líder que é muito racional, por exemplo, pode deixar de lado o bem-estar dos seus colaboradores, e pode acabar não tendo sucesso devido a isso.

Se não podemos contra elas...

Não importa se você está no trabalho ou em casa, brigando com seu líder ou com seu namorado, as emoções estarão presentes, em menor ou maior grau, dependendo da situação e do local. A grande questão, para as especialistas consultadas, não é o fato de as emoções estarem presentes nas escolhas de carreira. Mas sim o fato de elas atuarem em excesso.

E já que é impossível se desvencilhar das emoções, então, para minimizar erros, o ideal seria tentar equilibrá-las. "O profissional tem de saber administrar e organizar suas emoções", afirma Cristina. "Para isso, é preciso ampliar o autoconhecimento e a autoconfiança. Um profissional confiante não vai se deixar abalar por determinadas situações", explica a headhunter.

Para ela, um planejamento de carreira, nessas horas, é fundamental. Ainda que o profissional não siga essa linha à risca, ao menos ela indicará um caminho possível, com largada e chegada. Com isso, apesar de todas as situações que ele venha a enfrentar, ele conseguirá estabelecer critérios mais racionais em prol dessa meta de carreira.

"Esse profissional precisa ter um contraponto. Não pode ser só emoção ou só racional. Ele precisa voltar para si mesmo e perceber se essas decisões o ajudarão no futuro", considera Clarice. "Isso é inteligência emocional: utilizar as emoções a seu favor", considera. Ela lembra que a tomada de decisões envolve a emoção, a razão e a intuição. E que o equilíbrio desses fatores é importante. "As emoções são positivas. As atitudes que nós temos em decorrência de uma emoção é que podem nos prejudicar". 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

90% dos jovens da geração Y seguem marcas pela internet


Já faz um tempo que a geração Y – jovens nascidos na década de 1980, com afinidades em tecnologia, internet, bem-informados e outros atributos relacionados à nossa contemporaneidade – vem ditando as regras das estratégias de boa parte das empresas. Seja porque esse grupo é uma grande parcela do poder consumidor atual, seja porque muitos dos seus membros são a força motriz dessas companhias.
Outra coisa que não para de surgir de tempos em tempos são pesquisas tentando mapear o que esses jovens hiper-conectados pensam. Algo que foi descoberto com esse interesse em dissecar a geração Y foi que ela é muito ligada a marcas. A L2 Think Tank, organização que fomenta discussões sobre marketing, entrevistou 535 jovens desse grupo, com idade média de 27 anos e descobriu, por exemplo, que 90% dizem seguir alguma marca pela internet. Isso comprova mais ainda o poder de colocar sua empresa nas redes sociais.
Abaixo você confere um vídeo – bem divertido e com uma ótima trilha sonora - que mostra mais alguns dos resultados dessa pesquisa, como as principais marcas desejadas pelos entrevistados, suas séries favoritas, aplicativos mais usados e tudo isso dividido por sexo. Para baixar o resultado completo da pesquisa, clique aqui.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Reflexões para alavancar a força de vendas da sua empresa


As empresas têm, tradicionalmente, dois caminhos para melhorar a margem de lucro: reduzir custos ou aumentar o faturamento. Ou seja: gastar menos ou vender mais. Mas não é simples montar uma equipe de vendedores de alto desempenho. Os donos de negócios vivem um constante dilema: como reestruturar a força de vendas sem comprometer a atividade?
Para resolver o problema, a maior parte dos empreendedores costuma focar primeiramente nos segmentos mais críticos. Paulatinamente, vão introduzindo melhorias aos processos de vendas e de gestão mais importantes. Tudo bem, mas como o dono do negócio sabe onde estão essas coisas? É difícil. Exige recursos e suporte alinhados com as metas estratégicas. São necessários indicadores para mostrar o desempenho do setor – quais os problemas; quanto tem de melhorar; onde precisa haver mudanças. A revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios fez uma matéria sobre o assunto. Para saber mais sobre indicadores, clique aqui.
Além dos indicadores, as empresas têm outras alavancas para impulsionar a força de vendas. A consultoria internacional Bain & Company selecionou seis “super ferramentas”. A aplicação delas em cada empresa vai variar de acordo com o modelo de negócio e outras particularidades de cada companhia. Mas são tópicos que devem estar na cabeça do empreendedor. A lista não traz nenhuma resposta reveladora. Ela serve para suscitar reflexões a respeito de como modificar as operações da empresa para elevar as vendas. Confira:
Encontre o “lugar doce”: o primeiro na lista dos clientes de valor
Os campeões de vendas sabem como identificar os pontos mais rentáveis ao longo da cadeia. São ossweet spots, ou pontos favoráveis, em uma tradução livre. São aqueles nichos em que estão os clientes fiéis. De forma geral, devem ser a prioridade. Para atingir esse ponto doce, o gestor deve saber qual mensagem e qual valor deve ser agregado em cada segmento. Ela casa com as aspirações dos clientes? Deve também cuidar da qualidade do suporte pós-venda. Há também dois critérios para perseguir oportunidades de vendas: 1) segmentos cujos clientes tenham longa expectativa de vida econômica 2) segmentos em que a companhia detecta que a proposição de valor é muito percebida pelos clientes.

Aumente a receita: pare de deixar dinheiro sobre a mesa
Um dos principais caminhos para aumentar o lucro é vender mais – e de forma inteligente – para a mesma base de clientes. Nessa perspectiva, há duas formas de aumentar as vendas: endurecer a disciplina de preços e incentivar as vendas cruzadas nos setores mais proeminentes. A disciplina de preços é importante, pois padroniza descontos e promoções e impede que decisões tomadas pelos vendedores, como grandes descontos para prender um cliente, não atrapalhem o fluxo de caixa da empresa. Cada mercado prioritário deve ter uma estratégia de formação de preço peculiar. Os gerentes devem orientar seus vendedores a negociar taxas que proporcionem o melhor retorno, e nem sempre privilegiar aquele cliente constante, mas que chora rios de desconto.

Atinja o alvo: combine os clientes e canais certos
As inovações tecnológicas, o amadurecimento dos mercados e compradores mais informados são três elementos que abriram novas rotas para o consumo. Com opções cada vez mais complexas, fica a pergunta: quais segmentos exigem abordagem direta, como representantes comerciais, televendas, auto-serviço e e-commerce? Quais precisam de métodos indiretos, como revendedores bem qualificados e distribuidores? As organizações campeãs de venda escolhem os canais que têm boas relações de qualidade sobre o preço (custo-benefício), que dão retorno máximo e que excedem as expectativas de seus públicos-alvo. Pequenas Empresas & Grandes Negócios também fez uma matéria sobre canais de vendas sem conflitos. Veja aqui.

Recompense a equipe: alie crescimento com sucesso individual
Já é um senso comum dizer que as práticas de compensações melhoram a capacidade da empresa de recrutar e reter talentos. Mas como montar um sistema de compensação eficiente, que dê resultados financeiros? A chave é aliar as estruturas de compensação com as metas de negócios, como entrar em novos mercados, ganhar novos clientes e fazer vendas cruzadas. Quando a estrutura é formada dessa maneira, importantes questões vão aparecer: devo pagar aos meus vendedores neste ano o mesmo que paguei no ano passado? O vendedor precisa aumentar as vendas para receber a mesma quantia? A resposta certa depende do modelo de negócio da empresa. Uma estrutura de remuneração variável, naquele contexto, incentivaria os acomodados ou relaxaria os mais empenhados? Apenas vendedores seniores têm chances de boa gratificação ou as recompensas estão ao alcance de todos que se esforçarem mais por ela?

Defina as métricas: medidas que importam
As empresas quase sempre têm bons resultados nas áreas em que mantêm avaliações constantes. Ao automatizar a força de vendas, a empresa ganha ferramentas precisas de mensuração de resultados: os indicadores. Porém, mais importante que as ferramentas são os usos feitos delas. Qual é a métrica certa em torno da qual alinhar a organização? As companhias com as melhores performances, segundo o estudo da Bain & Company, medem e administram informações como cobertura de falhas do fluxograma e a média de vendas realizadas e perdidas. As métricas são baseadas em resultados, que servem para definir metas específicas e espelham os benchmarks do setor. Mas o processo de mensuração só tem valor quando o gestor cria um padrão em relação ao grupo de métricas usadas. Ou seja, as métricas devem estar disponíveis e serem entendidas por todos. As empresas precisam de disciplina para usar métricas que tenham significado e avaliem o desempenho e informem as decisões de venda. Assim, é criado um curso de vendas nítido, com redução de risco e destaque para as oportunidades.

Ofereça ferramentas: o tempo do vendedor deve ser gasto vendendo
Uma forma de aumentar a força das vendas é mobilizar recursos de back-office para ajudar os vendedores. Em uma empresa que depende das vendas, um vendedor tem de passar seu tempo com clientes, e não fazendo serviços administrativos. As principais empresas mensuram o tempo de contato com o cliente e usam suporte interno para criar mais. Uma forma de deixar os vendedores livres para trabalhar é montar um pequeno grupo, dentro do departamento de vendas, para cuidar de todas outras atividades, como calendário de entregas, manutenção de contratos e processos de aprovação de preços.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Dicas de Feng Shui para montar o seu home office

Foto: Shutterstock

Foto: Shutterstock
Quer um ambiente mais harmonioso para trabalhar de casa? Quem sabe o Feng Shui não ajuda. Antes de montar o seu home office, veja as dicas abaixo, listadas no site da revista americana Inc.
Escolha o ambiente certo
Os adeptos do Feng Shui acreditam que a energia flui a partir da porta da frente e se espalha para o alto depois. Sendo assim, o melhor local para montar o escritório dentro de casa é relativamente perto da porta de entrada, no mesmo andar ou em algum piso acima.

Olhe quem entra
Assegure-se de colocar a sua mesa de trabalho não diretamente em frente à porta, mas olhando para a entrada do cômodo. Nem pense em posicioná-la de frente para uma janela ou parede. O canto mais longe da porta é o melhor local, assim você pode ver a sala inteira. Se o ambiente for muito pequeno e você precisar colocar a mesa de frente para a parede, a sugestão é colocar um espelho bem na sua frente. Assim você pode ver quem entra na sala e diminui uma possível sensação de aprisionamento.

Determine o seu elemento
Há cinco elementos no Feng Shui: madeira, fogo, terra, metal e água. Você deve incorporar todos esses elementos no seu home office de alguma forma. Para criar o ambiente ideal, dê mais ênfase aquele que melhor representa a sua personalidade e o setor da sua empresa. Para ajudá-lo na descoberta de qual é o seu elemento, lembre-se do seu local preferido para passar as férias. Praia ou montanha? E veja qual dos cinco elementos se encaixa melhor ali.

Inspire-se com a madeira
A madeira promove a criatividade e simboliza a lealdade. Tenha pelo menos um objeto deste material no seu escritório. Pode ser a mesa de trabalho ou um painel de parede. O melhor local para colocá-lo é no canto oriental da sala. As cores verde e marrom são as que melhor representam este elemento. São recomendadas para pessoas que trabalham com investimentos, direito ou área médica e querem confiança e oportunidades. Pintar o escritório ou a mesa nesses tons vai gerar motivação, inspiração e boa saúde.

Produza mais com o fogo
O fogo tem muita energia e deve ser usado para aumentar a ação e a produtividade no escritório. Naturalmente, o vermelho é a cor associada a este elemento. Deve ser usada em escritórios multi-coloridos, recomendados para artistas (para impulsionar a criatividade) e terapeutas (para atrair um leque maior de pessoas). Se o vermelho não ficar bom na decoração do seu home office, uma luminária ou uma vela pode solucionar a questão. Mas assegure-se de posicionar o elemento fogo no canto sul da sala.

Estabilize-se com a terra
Tons de terra, como os marrons leves, amarelos, laranjas e beges, são os que melhor representam este elemento. São recomendados para escritórios de advogados e de contadores, para promover concentração e prosperidade. Use no seu home office materiais feitos de argila, tijolo ou cerâmica ou tenha quadros de paisagens nas paredes. Este elemento deve ser posicionado no centro do escritório.

Enriqueça com os metais
O metal indica sucesso financeiro. Mas antes de construir um escritório de aço, entenda que o excesso de qualquer um dos elementos pode criar desarmonia. Prata, cinza, ouro e qualquer outra cor metálica remetem a este elemento. Objetos de pedra, ouro, cobre, prata ou mármore se encaixam aqui e darão um toque bem profissional ao seu home office. Posicione este elemento no canto ocidental da sala.

Comunique-se melhor com a água
A água é o elemento da comunicação e das oportunidades – essencial para qualquer escritório. Esse elemento promove networking, viagens e aprendizagem. Azul e preto são as cores mais associadas e devem ser usadas em escritórios acadêmicos ou estúdios de artistas para promover a concentração e a inteligência. Essas cores também podem ser usadas por advogados, médicos e investidores, com o objetivo de aumentar a confiança. Há uma grande variedade de itens “água” que podem ser usados no escritório, como espelhos, mini fontes, aquários ou qualquer coisa feita de vidro. Seja o que for, assegure-se de colocar o objeto no canto norte da sala.

Dê um fim na bagunça
A energia não consegue fluir através de pilhas e mais pilhas de papel. Por isso, organize tudo. Feng Shui é, na sua essência, equilíbrio e organização. Sendo assim, mantenha ao seu alcance o que você utiliza no dia-a-dia. Todo o resto pode ser arquivado e guardado.

Aposte nas plantas
Se depois de organizar o seu home office você sentir que ainda falta alguma coisa, coloque uma planta ou duas na sala. Você vai se surpreender com o equilíbrio que uma folhagem pode trazer ao ambiente. As plantas fazem as pessoas se sentirem mais saudáveis. Um detalhe: elas precisam ser de verdade.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Que Faz De Você Um Líder?


Se você espera uma receita de bolo, pode parar por aqui. Algumas características, no entanto, são indispensáveis para quem pensa em, um dia, exercer uma função de liderança

Líder, quase todo mundo quer ser, desde criança. Na escola, o melhor da turma. Na juventude, o mais popular. Na empresa, o diretor. Mais que um posto, entretanto, a liderança é um conjunto de atitudes. Mas, afinal, que atitudes são essas?

Se você espera uma receita de bolo, pode parar por aqui. Primeiro, não existe um modelo pronto de líder. Depois, como explica o professor André Acioli, a construção de qualquer modelo de liderança "é um processo que se aprimora com a maturidade".

Algumas características, no entanto, são indispensáveis para quem pensa em, um dia, exercer uma função de liderança. Tê-las hoje não é garantia de que amanhã você chegará à reunião da empresa será nomeado diretor. Não tê-las, entretanto, tornará isso muito difícil de acontecer um dia.

O especialista em gestão comportamental e profissional Edson Rodriguez, vice-presidente da Thomas Brasil, listou alguns pontos a serem observados por quem quer ser líder. Segundo ele, competência e ambição positiva são atributos fundamentais. Entender que ninguém, sozinho, é melhor que toda uma equipe, é, no entanto, o principal dos requisitos.

Veja abaixo as dicas do especialista:

- É preciso ter competência no que faz. Ou seja, ter uma visão ampla da área, passar confiança de que conhece a operação tanto no específico como no contexto geral.

- Ter ambição positiva. Isso significa que o líder deve querer mais conhecimento tanto para ele como também para sua equipe.

Seriedade pessoal e profissional. Ser exemplo de seriedade, honestidade e transparência de princípios, tanto na vida profissional como na social.

- Compreender o conceito de competência e saber identificar os pontos fortes de cada colaborador da equipe. Isso permite ao líder gerenciar melhor as tarefas e aceitar as diferenças. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

10 coisas que você pode fazer para ganhar mais tempo no seu dia


Hábitos básicos como utilizar a agenda de forma plena e trabalhar num espaço organizado podem fazer toda a diferença

Qualquer coisa que você puder fazer para melhorar sua organização fará diferença para a melhoria da sua produtividade, melhor gerenciamento do seu tempo e também para a proteção do seu bolso.

Hábitos básicos como utilizar a agenda de forma plena, usar um sistema de arquivos com classificação adequada, trabalhar num espaço organizado, ter o costume de planejar o trabalho e as tarefas ou ainda utilizar os recursos da tecnologia de forma eficiente podem fazer toda a diferença do mundo, para o seu tempo render mais.


Às vezes escuto as pessoas dizendo "preciso me organizar melhor. Quando tiver um tempo, vou fazer isso". Posso garantir uma coisa: este tempo nunca vai aparecer nem sobrar na sua programação. Ele precisa ser criado por você e isso depende apenas de uma atitude sua.


1. Acorde mais cedo


Coloque o alarme para 15 minutos mais cedo e adiante o seu dia.

2. Planeje o que vai vestir na noite anterior


Deixe a roupa separada e pronta para vestir. Você irá economizar bons minutos do seu dia.

3. Mantenha sua mesa de trabalho organizada


Saber onde estão seus papéis e documentos, e saber onde guardá-los vai economizar bastante tempo ao longo do seu dia. Deixar a mesa limpa e mantendo sobre ela apenas aquilo em que está trabalhando no momento vai ajudar você a manter o foco e terminar as tarefas mais rápido.

4. Mantenha seu computador organizado


Desktop limpo e com poucos ícones, pastas organizadas e arquivos nomeados corretamente ajudam bastante na hora de encontrar o que você precisa, economizando muito tempo ao longo do dia. Organizar as suas pastas de e-mails e manter a caixa de entrada sempre vazia é também fundamental para melhorar a sua produtividade no trabalho.

5. Utilize sua agenda e crie listas de memória


Não tente lembrar as coisas de cabeça. Isso vai aumentar o seu estresse e o risco de você esquecer coisas importantes, que podem gastar inutilmente o seu tempo.

6. Cozinhe o suficiente para 2 refeições


Quando for cozinhar e preparar seus alimentos, procure fazer uma porção maior, depois divida em dois e congele se necessário, economizando assim o tempo na próxima refeição.

  Dane Steffes/iStockPhoto   
    
  
Hábitos básicos como utilizar a agenda de forma plena e trabalhar num
espaço organizado podem fazer toda a diferença 
  


7. Concentre suas chamadas telefônicas


Faça uma lista das ligações que tem que fazer, anotando os números de telefone e assuntos. Depois separe um tempo e faça todas as ligações em sequência. Isso economiza tempo e deixa seu dia mais organizado.

8. Planeje seu dia de trabalho


Ao final de cada dia planeje o dia seguinte. Realoque compromissos e tarefas na sua agenda e tenha claro o que irá fazer. Isso faz com que você vá para casa com a cabeça mais tranquila, economiza tempo e melhora sua produtividade. Lembre-se: uma hora de planejamento pode economizar até 10 horas de trabalho.

9. Aprenda a utilizar os recursos do seu smartphone


Utilizar a agenda (calendário), o bloco de anotações, o GPS e tantos outros aplicativos de produtividade pode fazer uma incrível diferença na hora de administrar suas tarefas e atividades, dando a você mais controle sobre o uso do seu tempo.

10. Faça as compras pela Internet


Depois de aprender a se organizar para isso e criar este hábito, esta tarefa será rápida e vai economizar muitas horas na sua semana.

José Luiz S. Cunha - é CEO do Organize sua Vida 

É Hora De Se Comunicar


Para um empreendedor atingir o sucesso, é preciso saber, entre outras coisas, gerir equipes, promover o bem-estar entre os funcionários, criar ideias inovadoras, desenvolver projetos competitivos, conhecer a concorrência e se comunicar bem em público. Afinal, a arte da oratória é fundamental para os momentos em que empresários precisam apresentar projetos ou resultados em palestras e reuniões.
Nesses eventos, uma grande dificuldade é fazer com que o público mantenha a concentração no que está sendo exposto. Para que não ocorram problemas, de acordo com especialistas em oratória, é interessante definir uma pauta para essas reuniões ou encontros. Nessa tarefa, é interessante detalhar todos os pontos que devem ser apresentados ao longo do evento e pensar em possíveis dúvidas, para que sejam solucionadas previamente. Essa estratégia permite organizar as ideias a serem apresentadas ao longo do encontro, evitando repetições ou confusões, e facilitará a compreensão do ouvinte.
Para que o público manifeste opiniões e interaja ao longo da apresentação, é importante que o palestrante dê exemplos e cite casos em que o tema explicado acontece na prática. Isso permitirá ao público compreender e apreender o assunto com mais facilidade. A estratégia permitirá aos ouvintes fazer relações e comparações entre o que é explicado e o que acontece em sua empresa.
Além disso, é importante que o empreendedor conheça o seu público. Isso porque o discurso muda de acordo com a plateia. Analisar previamente os ouvintes permitirá a você, empreendedor, preparar o conteúdo da apresentação de acordo com os anseios e necessidades do público alvo.

Dicas para superar o bloqueio na hora de escrever



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Para quem lê nossas matérias e nossos posts aqui no blog, pode parecer fácil escrever, afinal nossa profissão demanda isso. Mas nem sempre é simples produzir textos – vocês ficariam impressionados com o tempo que demorei para escrever este post. A questão é que nós precisamos colocar os dedos no teclado em algum momento.
E essa mesma dificuldade acomete empreendedores que, mesmo com os mais diversos negócios, precisam se deparar com uma página em branco para começar o feito quase homérico de preenchê-la com palavras, seja em um discurso, uma carta de agradecimento, um relatório ou uma apresentação de PowerPoint.
Mandy Boyle, SEO da Solid Cactus, empresa americana que oferece soluções para e-commerce, já passou por esta situação diversas vezes, e resolveu listar algumas dicas que podem ajudar a superar um bloqueio criativo na hora de escrever:
1) Escreva qualquer outra coisa: você precisa escrever um relatório, um discurso ou uma grande carta de agradecimento? Comece escrevendo qualquer outra coisa. Em vez de se forçar por horas a fio a tentar produzir algo sem sucesso, escreva algo completamente diferente, como um poema, um conto, talvez um post do seu blog. Mandy afirma que isso sempre acaba fazendo com que sua criatividade comece a “pegar no tranco”. Depois é só voltar para o seu trabalho original com um pouco mais de energia.
2) Divida o trabalho em partes: não consegue começar o texto? Quebre a ideia do seu trabalho em partes e as vá completando à medida que encontrar as palavras e o raciocínio correto. Mandy garante que o tempo gasto será bem menor.
3) Leia algo: você já deve ter escutado que bons escritores são pessoas que lêem bastante. Ler algo no momento que você não consegue escrever pode ajudar a superar a fadiga criativa.
4) Faça perguntas: com a crescente popularidade das redes sociais, nunca foi tão fácil pedir ajuda para um bloqueio na hora de escrever. Basta fazer perguntas para seus seguidores no Twitter, ou amigos no Facebook, que ajudem a encontrar a estrutura do seu texto. Com certeza várias dessas pessoas poderão lhe ajudar com algumas respostas.
Para conhecer mais algumas dicas, clique aqui (em inglês).

O Pato, o Cisne e o Empreendedorismo Internacional


Contos de fadas são histórias arquetípicas. Seus enredos se reproduzem o tempo todo, com diferentes personagens, formatos e detalhes. Mas, na essência, são as mesmas estruturas. Duas famosas narrativas do gênero caem como uma luva para a situação brasileira perante o mundo hoje. São as conhecidas fábulas do Patinho Feio, popularizada pelo dinamarquês Hans Christian Andersen, e do Cisne Negro, que faz parte do folclore chinês.

O Brasil nunca fez uma figura tão bela aos olhos internacionais quanto hoje. Tal qual o personagem de Andersen que desde o nascimento penou com descaso, bullying e até o frio do inverno e, já adulto, percebeu-se um dos mais vistosos cisnes do lago, o país vive seu momento de descoberta. Notícias boas vêm de todas as frentes. Em abril, numa das mais recentes, o restaurante D.O.M., de Alex Atala, consagrou-se como o sétimo melhor do mundo na eleição do celebrado ranking da revista inglesa The Restaurant. É um feito. Entre os 100 melhores, figuram ainda o Fasano, de Rogério Fasano, e o Maní, que tem a cozinha capitaneada por Daniel Redondo e Helena Rizzo.

Os brasileiros ainda se surpreendem com casos de reconhecimento como o dos nossos restaurantes. É que ainda estamos nos descobrindo cisnes. Já ouvi muita gente falar que o país está na moda. Não é assim. Moda implica em algo passageiro, efêmero, de estação. O Brasil, na verdade, tornou-se protagonista da própria história. Começa agora a colher os frutos dessa mudança de imagem, mas que ainda está em processo.
Estive em abril na Bélgica a convite da Delegação da Comissão Europeia no Brasil. Nas visitas ao parlamento e em conversas com representantes de organismos da UE os discursos exaltam justamente essa transformação. Não por acaso, em maio do ano passado as duas partes retomaram as negociações para o mais ambicioso acordo de comércio e cooperação política mundial. Entre as metas está a de criar uma zona de comércio livre – ou seja, sem barreiras tarifárias e não-tarifárias - entre União Européia e o Mercosul, que deverá movimentar mais de 200 bilhões de euros anualmente. Seria um mercado integrado de 750 milhões de pessoas.
Ninguém esconde que a volta às conversações se deve, em boa parte, ao momento econômico pelo qual passa o Brasil. Luiz Yáñez-Barnuevo García, eurodeputado presidente da Delegação para as Relações com os Países do Mercosul, reconheceu durante uma conversa com jornalistas brasileiros que, se no passado havia certo desequilíbrio de forças entre os dois lados, hoje os blocos se encontram em posição de igualdade.
Para quem ainda acha que a percepção do sucesso brasileiro não se sustenta, os números das relações bilaterais podem dar uma dimensão de que, sim, estamos de igual para igual. O Brasil investiu mais na UE nos anos de 2007 e 2008 que os europeus no Brasil. E em 2009, de acordo com a DG Trade, a Comissão de Comércio Europeia, o bloco nos passou por pouco: aplicou 7,6 bilhões de euros aqui contra 7,3 bilhões de euros provenientes do nosso lado.
Na atual situação de crise pela qual passa a comunidade europeia aliado a crescimento desigual do PIB entre os 27 integrantes (que variou de 6,1% na Noruega a –4,5%, na Grécia), muitos setores veem o Brasil e o Mercosul como uma grande ajuda, senão uma tábua e salvação para fugir de uma estagnação econômica que alarga fronteiras no continente.
Há problemas para firmar um acordo tão amplo. As principais resistências vêm dos agricultores franceses que expressam temor específico por uma suposta invasão da carne do Mercosul. Do lado sulista, a Argentina teme perda de competitividade com a entrada de veículos sem imposto de importação.
Políticas a parte, só o fato de um acordo como o citado estar sendo negociado com chances reais de sair do papel significa muito. E, mesmo que não aconteça, a porta europeia continuará aberta. Cada vez mais.
É aí que entra na nossa história a segunda lenda citada no início do texto. O Cisne Negro – não por acaso uma fábula chinesa – é uma ave majestosa, que se destaca entre as demais. Mas, para voar, precisa sair do lago, sacudir o excesso de água e tomar um forte impulso enquanto bate suas asas com vigor. Alcançar as alturas é consequência desse misto de ousadia e empenho. O cisne nasceu para voar. Mas para consegui-lo precisa ir à luta, esforçar-se e acreditar no seu potencial.
O D.O.M. de Alex Atala é um cisne negro. Assim como o Brasil pode ser perante a União Europeia. Existem grandes oportunidades à espera dos empreendedores nacionais. E não falo em exportações. Um acordo de livre comércio, é lógico, impulsionaria esse campo lá para a estratosfera. Mas há mais. A Europa é um mercado potencial para empresas que queiram levar sua marca para lá.
Exportar commodities é a demanda primária. Existem outras. As pequenas e médias empresas brasileiras de sucesso lapidaram suas qualidades em meio a crises, planos econômicos e inúmeros obstáculos, como falta de infraestrutura, carga elevada de impostos e falta de crédito. Esses diferenciais podem representar vantagem competitiva, como a própria economia brasileira demonstrou no caso da crise do subprime.
De acordo com a Comissão Europeia de Empreendedorismo e Indústria, os pequenos e médios representam 99% dos negócios do continente. O dado revela como o terreno europeu é fértil ao empreendedorismo. E não necessariamente apenas às iniciativas locais.
Setores mais organizados no Brasil, como o de franquias, já perceberam a chance real de internacionalização das marcas. E se preparam para abrir asas e alçar voo. A vice-presidente da Associação Brasileira de Franquias (ABF), Cristina Franco, afirmou à PEGN que ir para fora é o caminho natural das grandes redes brasileiras. A entidade fechou uma parceria com a agência de Promoção das Exportações (Apex Brasil) para auxiliar as empresas a exportar suas operações.
Durante minha passagem pela capital belga Bruxelas, que reúne grande parte das instituições da comunidade europeia, pude notar que muitos de nossos setores seriam competitivos naquele ambiente. Por exemplo, as marcas de fast food. Existe uma percepção que a cultura dos europeus é avessa à comida rápida. Mas isso tem mudado e representa uma oportunidade aos países com tradição na área. Produtos orgânicos são uma frente na qual também podemos competir. E a lista pode ir muito longe: alimentos funcionais, varejo – especialmente o popular - e calçados.
O ponto principal, na verdade, é que o Brasil não apenas pode negociar em condições de igualdade, mas também ser competitivo em áreas nas quais criatividade e inovação são diferenciais (pode confessar: é uma surpresa ou você já sabia que despontávamos no cenário da alta gastronomia internacional?). Basta que o cisne se enxergue como tal.