quinta-feira, 30 de julho de 2009

Por Que Nos Rendemos Ao Twitter

A rede social não é apenas um modismo divertido. Ela poderá ajudar algumas empresas a dar visibilidade às suas marcas e a se relacionar de maneira mais direta com seus consumidores

Graças ao Twitter, pudemos fazer minidebates fascinantes sobre assuntos tão diversos quanto o resultado de jogos de basquete e a concordata da Chrysler e da GM

Você sabe que está fazendo uma coisa diferente e nova - no mínimo, nova - sempre que o assunto vem à tona numa rodinha informal e alguém faz um comentário ácido do tipo:
"Por que você perde tempo com uma bobagem dessas?" É o que se passa com o Twitter, essa coisa inventada pelas redes sociais que adotamos recentemente e com um entusiasmo tal que deixou surpresos amigos, familiares e inclusive a nós mesmos.

De uns meses para cá, nos apaixonamos pelo Twitter. Não queremos dizer com isso que ele vai mudar o mundo, conforme dizem alguns de seus adeptos, mas o fato é que conseguimos compreender perfeitamente seu potencial para os negócios.

Se o Twitter continuar a crescer no ritmo que vem crescendo atualmente, ele pode se tornar uma ferramenta extremamente valiosa, já que poderá ajudar as empresas a dar visibilidade às suas marcas e a se concentrar de forma mais direta em grupos específicos de consumidores.

Talvez seja também uma ferramenta muito útil para executivos que necessitem de uma maneira original de interagir com seu pessoal, e vice-versa.

Mas isso não explica por que ultimamente estamos sempre castigando nossos teclados com rajadas de 140 caracteres - na verdade, umas três ou quatro vezes ao dia.
Usamos o Twitter simplesmente porque não dá para parar.

Por quê? Não pelos motivos que a princípio imaginamos. Na verdade, um de nós (a Suzy, mais conhecida como suzywelch no linguajar da rede) começou a usar o Twitter movida pelos velhos e bons propósitos de marketing. Ela estava para lançar um livro, e todo mundo que sabia disso insistia com Suzy: "É na mídia social que as coisas estão acontecendo". O conselho não poderia ter sido melhor.

A acessibilidade do Twitter, sua informalidade e seu alcance ajudaram Suzy a conseguir entrevistas excelentes (principalmente em blogs). Isso levou muita gente para as sessões de autógrafos, gerou dezenas de resenhas, engrossou o tráfego do site do livro e, o melhor de tudo, criou uma comunidade simpática e estimulante para o público leitor do livro.

Foi lá no suzywelch que a Suzy começou a chamar seu grupo de twiffers - "amigos do Twitter" (Twitter friends) - depois que muitos responderam de maneira muito solidária à sua mensagem de Páscoa. "Acabei de ser informada por minha família que não preciso fazer o purê de batatas neste ano. O que será que eles quiseram dizer com ‘manteiga demais’?"

Por fim, Suzy se deixou seduzir a tal ponto pelo Twitter (ficou fanática mesmo) que conseguiu me convencer a entrar na onda. Assim, jack_welch decidiu aderir à nova moda, ainda que fizesse a seguinte restrição: "Não consigo entender para que serve este negócio".

Bastaram 24 horas para que eu entendesse. Todas as vezes em que fazia alguma observação sobre o time de beisebol Red Sox ou sobre a equipe de basquete do Boston Celtics, dezenas de fãs do esporte enviavam seus comentários.

O mesmo acontecia com política e negócios, o que proporcionou dezenas de minidebates fascinantes sobre tudo, desde a política econômica de Obama até a falência da Chrysler e da GM.

Com o Twitter, qualquer um pode participar de coquetéis do tamanho do mundo e bater um papo muito diversificado e (geralmente) bastante civilizado. Algumas coisas que ouvimos (e dizemos) são bem frívolas.

No entanto, a maior parte das coisas sobre as quais conversamos tem o dom de nos provocar, informar e, de modo geral, de nos envolver de uma maneira tal que é simplesmente impossível reproduzir quando estamos offline.

O melhor de tudo, pelo menos para nós, é que o Twitter nos ajuda a testar e a melhorar as ideias. Há algumas semanas, postei uma mensagem citando dois eventos que talvez fossem "indícios promissores" de um novo movimento bipartidário nos Estados Unidos.

A argumentação de alguns opositores - ainda que eles tivessem apenas 140 caracteres para se expressar - sem dúvida contribuiu para o debate.

Contudo, não nos empolguemos demais em relação ao uso do Twitter como ferramenta de trabalho. Qualquer chefe ficaria irritado com o tempo que gastamos com nosso novo brinquedo.

Prova disso é que esta coluna demorou o dobro do tempo usual para ser escrita porque a todo momento checávamos as reações à pergunta "O que há de tão especial no Twitter?", postada lá por nós.

As respostas vieram bem depressa e com um bocado de entusiasmo, como é próprio do Twitter. As pessoas nos disseram que usavam o Twitter "porque é divertido", "para se sentir conectadas em um mundo desconectado" e "para se comunicar com a equipe".

São todas razões muito boas, sem dúvida. Mas um comentário em especial nos chamou a atenção: "Tenho tentado explicar às pessoas por que uso o Twitter", dizia a mensagem, "mas a melhor resposta que me ocorreu foi a seguinte: comece a usar o Twitter e você vai entender". Foi exatamente isso o que aconteceu conosco. Topamos com uma conversa que parece estar só começando. Nossa ideia é ficar por aqui.

Por Jack Welch

FONTE: EXAME

domingo, 26 de julho de 2009

Empreendedores Que Nascem Da Crise

Não dá pra negar que com a crise econômica alguns empregados correm maior risco de serem demitidos. Mas se isso acontecer, o que fazer?

Nos Estados Unidos, com o aumento da crise, muitas pessoas estão recorrendo a negócios independentes. Não só quando perdem o emprego, mas também para complementar a renda da casa. É o que diz reportagem da BusinessWeek.com, que aponta as vendas diretas e empreendimentos online como os pivôs dessa tendência.

Os vendedores aproveitam nichos para vender seus produtos, como festas e encontros temáticos. A renda é de acordo com seu esforço e toda renda complementar é válida.

Além de revelar empreendedores, que têm o desafio de lidar com logística, estoque e tempo para maximizar seus lucros, a atividade coloca o vendedor em contato com várias pessoas. Nunca se sabe o que vai aparecer quando se está em contato com as pessoas. Podem surgir novos negócios.

FONTE: Site Papo de Empreendedor (PEGN)

sábado, 25 de julho de 2009

Empreendedorismo Se Aprende Na Escola

Programa Educar para o Futuro, do Sebrae em São Paulo, chega no município de Mariporã para disseminar a cultura empreendedora entre professores e agentes da educação

Do Sebrae em São Paulo

Mairiporã - Com o objetivo de divulgar e multiplicar a cultura empreendedora entre alunos desde o ensino fundamental até o universitário, o Sebrae São Paulo promove o Programa Educar para o Futuro na cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo, no dia 4 de agosto.

Até novembro, o Programa, que já passou por Mogi das Cruzes, será lançado em São José dos Campos e Guaratinguetá, as chamadas cidades do Cone Leste Paulista.

“Trata-se de um pólo de grande desenvolvimento, inovação e concentração de instituições de ensino, o que fomenta o caminho para o empreendedorismo”, destaca Marcos Evandro Galini, analista do Sebrae/SP e um dos gestores do programa.

“Professores, secretários de educação e diretores de escola são o público-alvo do Educar. A partir da sensibilização e comprometimento desses agentes é que poderemos atingir os alunos e criar um ambiente favorável à cultura empreendedora e uma ação multiplicadora”, explica Ana Paula Martin Martins, também gestora do projeto.

Do Ensino Fundamental ao Superior

O tema do ciclo em Mairiporã é 'As diversas faces do empreendedorismo'. O evento começa com a palestra de Antonio Carlos Gomes da Costa, pedagogo, com passagens pela Unicef, OIT (Organização Internacional do Trabalho) e ONU, que apresentará conteúdo com o intuito de sensibilizar o público sobre a importância da educação empreendedora.

“Educar é criar espaços para que o educando possa empreender ele próprio a construção do seu ser, ou seja, a realização de suas potencialidades em termos pessoais e sociais”, comenta Costa.

Durante o ciclo, serão apresentados os programas do Sebrae/SP voltados ao tema. Um deles é o Jovem Empreendedor - Primeiros Passos, voltado às crianças de 6 a 14 anos. A partir de histórias, interação com a natureza e atividades manuais, dependendo da idade dos alunos, são estimuladas habilidades empreendedoras, como a iniciativa e a cooperação.

Já para o ensino médio, a metodologia propõe um programa de módulos sequenciais, que desenvolvem o comportamento empreendedor, bem como conteúdos sobre como montar um plano de negócio e desenvolvimento de habilidades gerenciais.

Para os universitários, a proposta é o Sebrae no Campus, que visa possibilitar aos estudantes a teoria e a prática do empreendedorismo, na vivência simulada da gestão de um negócio.

“De maneira geral, são atividades cujo objetivo é despertar nos estudantes atitudes empreendedoras para que possam se tornar realizadores”, diz Galini. “São atitudes como a liderança e o trabalho em equipe, valiosas para todos, e não só para aqueles que pretendem ter o próprio negócio”, destaca Ana Paula.

A expectativa em Mairiporã é a presença de 600 pessoas, entre professores, diretores de escola e autoridades do município. Ao final do evento, o público será convidado a interagir em um debate sobre o tema ‘As Diversas Faces do Empreendedorismo’, com a presença de autoridades da região e a diretoria do Sebrae/SP.

“Ensinar empreendedorismo, desde as primeiras séries do ensino fundamental, estimula as crianças a crescer com olhos voltados para oportunidades e capacidade de fomentar mudanças em seus contextos sociais. Elas ainda ser tornam adultos mais preparados para enfrentar o mercado de trabalho”, comenta Cristiane Rebelato, gerente do Sebrae/SP.

FONTE: SEBRAE

domingo, 19 de julho de 2009

Empreendedor e Empregado. Por Que Não?

É cada vez mais comum abrir o próprio negócio sem largar o emprego fixo. Quatro empresários revelam como conciliam a dupla jornada

Os dias da semana começam às 4h30 da manhã para o empresário Márcio Siqueira, de 36 anos. Em meia hora, ele toma banho, um café rápido e segue para seu escritório de contabilidade, o Siqueira & Associados, em Ribeirão Preto. As ruas vazias da madrugada na cidade do interior de São Paulo fazem com que os cinco quilômetros que o separam do destino final pareçam metros.

Na sequência, próximo das 5 horas, ele inicia o expediente e checa todas as atividades realizadas pela empresa no dia anterior. Antes das 8 horas, quando os funcionários começam a chegar, Siqueira discute as atribuições de cada um e organiza reuniões com clientes e fornecedores.

Às 9 horas, a rotina de empresário chega ao fim. A partir de então, ele assume o cargo de supervisor administrativo financeiro em um shopping center da cidade. Quando sai do serviço, muitas vezes ainda tem compromissos de empresário a cumprir (sem contar as horas extras dedicadas ao negócio aos sábados).

Como ninguém é de ferro, ao menos ele dorme cedo, por volta das 20h30. Siqueira sintetiza um grupo de empreendedores cada vez mais comum no Brasil: os que também são empregados.

Condição muito comum em países como os Estados Unidos - onde 9,6 milhões dos 20,5 milhões de empreendedores não têm o negócio próprio como principal fonte de renda, segundo o U.S. Census Bureau -, tem se tornado cada vez mais fácil encontrar brasileiros que viram empresários sem abrir mão do emprego fixo.

Das cem franquias negociadas pelo grupo Cherto no ano passado, 32% dos empreendedores trabalhavam em empresas. Nos primeiros três meses deste ano, essa proporção saltou para 43% (dos 65 negócios fechados pela consultoria).

"Essa situação é mais comum do que imaginamos", diz Marcelo Aidar, coordenador do centro de empreendedorismo e novos negócios da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo.

Situações de crise, como a atual, impulsionam a busca de uma atividade alternativa, pois a confiança na estabilidade do emprego diminui e a possibilidade de garantir uma renda extra representa um atrativo. "Ter uma segunda fonte de renda dá mais tranquilidade", diz Marcus Andrade, de 26 anos, que concilia o emprego de gerente de serviços do instituto Endeavor com uma franquia do restaurante japonês Koni Store.

PLANEJAMENTO

Ao mesmo tempo em que conta com Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), plano de saúde e outros benefícios no shopping, o empresário Márcio Siqueira calcula que 30% da sua renda líquida vem do escritório de contabilidade.

A segurança que uma dupla jornada proporciona a esse grupo de empreendedores é inegável, mas eles também são movidos, como todos os empreendedores, a paixão.

Apesar da exaustiva rotina, Siqueira afirma que faz tudo por satisfação pessoal. Formado em ciências contábeis, as atividades de supervisor financeiro do shopping o afastam do seu ofício de escolha, frustração compensada nas madrugadas no escritório.

Renda adicional, entretanto, vem com risco extra. Empreendedores de meio período devem redobrar os cuidados na hora de contratar os funcionários. Como não vai estar presente boa parte do tempo, é preciso se cercar de profissionais de calibre.

"Procure um sócio ou negocie parte do negócio. Esse funcionário precisa se sentir dono, assumir riscos e responsabilidades", diz Aidar.

Siqueira optou por trabalhar com um sócio e também distribui à equipe bonificações no início de cada ano e em temporadas de muito trabalho, como nos meses que antecedem a declaração de Imposto de Renda. "E eu já tinha trabalhado com alguns dos meus funcionários em outras ocasiões também. São pessoas de confiança", explica.

O empresário Marcus Andrade começou a planejar o novo negócio há seis meses - concomitantemente ao agravamento da crise internacional. Para dividir as responsabilidades, optou pela sociedade com o irmão. Segundo ele, é fundamental contar com alguém focado no dia a dia da empresa.

Para compensar a ausência das 9 da manhã às 6 da tarde, não teve jeito: Andrade passou a trabalhar após o expediente como executivo e nos fins de semana.
"Estou lá todas as noites, sei o que vendeu no dia e a projeção para o dia seguinte", diz. Além disso, ele tem acesso remoto a diversas câmeras de segurança instaladas no restaurante. "De vez em quando entro para ver como estão as coisas", afirma.

COMPENSAÇÃO

Glauco Cavalcanti, de 34 anos, professor da rede de faculdades da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Brasil inteiro e proprietário da agência de voo duplo Megafly, do Rio de Janeiro, não tem sócios, mas desenvolveu um esquema de estímulo a seus funcionários.

Como docente, passa pelo menos metade dos dias da semana fora do Rio de Janeiro. Nessas ocasiões, os dois gerentes da empresa ganham R$ 10 a mais por voo vendido.

As possibilidades de ganhos reais também aumentam na venda de fotos e DVDs dos passeios aos turistas. Se os gerentes conseguem vender a foto, recebem mais R$ 5. Se for o DVD, R$ 10 adicionais. "Quando não estou lá, eles estão ganhando mais", diz.

Cavalcanti é piloto de asa delta há 14 anos e decidiu investir na própria agência há oito, após uma temporada no Chatanooga Park, no estado do Tennessee, nos Estados Unidos, onde conheceu a empresa Look Out Mountain.

"Eu fiquei impressionado quando vi o profissionalismo da operação", afirma. De volta ao Brasil, ele fundou a Megafly, que segue os mesmos preceitos da empresa americana. David Kallás, professor e coordenador do Insper, antigo Ibmec São Paulo, afirma que investigar a área de atuação do novo negócio, como fez Cavalcanti, é primordial para o sucesso. "Não basta apenas pesquisar na internet sobre o assunto.

O empreendedor precisa ter claro qual o esforço que vai ser necessário para tocar o negócio e, para isso, deve conversar com quem já atua no setor", afirma Kallás.

Mesmo a distância, Cavalcanti acompanha diariamente os resultados da agência de voos. "Microempresa precisa de ajustes diários. No final do dia, quando não estou no Rio, faço um balanço pelo telefone com meus dois gerentes.

Na seqüência eles enviam uma planilha com todos os números", explica. De acordo com Kallás, esse monitoramento dos resultados é fundamental e não deve ficar restrito às finanças.

O contato com clientes e fornecedores é vital. Quando não está no Rio de Janeiro, Cavalcanti conta com um aliado: um caderno de reclamações com folhas numeradas. Ao final de cada voo, os turistas são convidados a escrever suas impressões em relação ao serviço prestado.

"Como são folhas numeradas, se tirarem uma eu vou saber que algo errado aconteceu", diz ele, que já descobriu problemas com motoristas imprudentes por meio desse mecanismo.

A possibilidade de planejar minuciosamente o negócio é outra vantagem do empreendedor de jornada dupla. "Às vezes, quando a pessoa está desempregada, existe uma urgência em abrir o próprio negócio. No caso dos que estão empregados, não é preciso ter pressa", explica Kallás.

"Dá para preparar o caixa e escolher o momento ideal para começar."

SEM CONFLITO

A empresária Sandra Sasaki, de 34 anos, conciliou durante mais de um ano o emprego de gerente de marketing da multinacional sueca IFS com a criação e consolidação da sua própria agência de comunicação, a Duo Comunicação, com sede em São Paulo. "Como eu trabalhava no setor antes de criar a empresa, tinha total conhecimento de quais eram as necessidades nessa área.

Isso facilitou bastante", explica. Sandra optou por sócios para conseguir levar a vida de empreendedora e empregada. Com o objetivo de evitar constrangimento dentro da empresa, Sandra afirma que contou pessoalmente ao presidente da companhia que assumiria novas responsabilidades.

O acompanhamento da agência de comunicação se dava por meio de reuniões diárias por telefone - além de um encontro pessoal semanal com os sócios. "Até hoje atualizamos diariamente uma planilha com todas as atividades da agência, os nomes dos responsáveis, os prazos e o andamento", diz a empresária.

Ser empreendedor e empregado ao mesmo tempo traz uma carga pesada de responsabilidades - e é preciso cuidar impecavelmente de ambos os papéis. "Usar a estrutura do emprego para resolver problemas externos é negativo.

Tudo bem se o celular toca e for necessário resolver uma pendência urgente, mas é preciso saber os limites", alerta Kallás. Para não usar a infraestrutura da empresa, Sandra sempre aproveitou os intervalos para resolver os problemas da agência. "Não tive mais cafezinhos e muitas vezes nem almoços", afirma.

Hoje, Sandra não se divide mais entre duas atividades. Assim como muitos empreendedores que iniciam um negócio próprio simultaneamente ao trabalho com carteira assinada, ela optou por deixar a vida corporativa.

Quando tomou a decisão, há dois anos, os rendimentos de Sandra como empresária ainda eram mais baixos do que como gerente da IFS.

Mas a qualidade de vida e o desejo de fazer o negócio dar certo falaram mais alto. "Consegui ampliar meu network, tenho flexibilidade de horário e mais tempo para me dedicar à família", conta.

Atualmente, segundo ela, os rendimentos da agência já superam o antigo holerite. Mas se o objetivo prioritário for manter o emprego, o empreendedor precisará demonstrar constantemente que não perdeu a dedicação ao trabalho por conta do novo negócio.

PARA SE DAR BEM

10 dicas para quem deseja trilhar a "carreira" de empreendedor e empregado

1>>>Quanto mais informações você colher sobre o tipo de negócio em que deseja atuar, melhor. Pesquise muito e calcule qual será o esforço exigido

2>>>Faça um plano de negócios. Saiba exatamente aonde você quer chegar e quais são as suas metas a curto e longo prazos

3>>> Crie um sistema eficiente de monitoramento diário das atividades da empresa

4>>> Não tenha pressa. Só inicie o seu investimento quando houver recursos para o aporte inicial e uma folga para o capital de giro

5>>> Trabalhe com pessoas de confiança e com competência reconhecida

6>>> Estude formas de fazer com que seus funcionários se sintam comprometidos com o negócio. Uma participação minoritária na empresa ou bonificações são aconselháveis

7>>> Além de resultados financeiros, meça outros indicadores, como a satisfação dos clientes e dos funcionários

8>>> Não tente esconder, na empresa onde trabalha, que você montou um negócio próprio. A verdade vai aparecer

9>>> Se a sua prioridade for o emprego, deixe isso claro para os superiores, sob o risco de perder oportunidades

10>>> Não utilize a estrutura do emprego para o empreendimento. Receber eventuais telefonemas é aceitável, mas jamais fique horas resolvendo problemas do negócio

FONTE: SITE; PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS

domingo, 5 de julho de 2009

O Novo Perfil do Empreendedor Brasileiro

Olá vocês que acompanham o Negócios&Network peço lhes desculpa pela ausência estive recesso para resolver assuntos profissionais, de agora em diante estaremos juntos semana após semana com informações do mundo dos negócio e principalmente sobre Network Marketing.

Aqui seguirá um artigo fonte da revista exame sobre o novo perfil do empreendedor brasileiro, acredito que será suma importância para muitos leitores do Negócios&Network.

Ser dono do próprio negócio é o objetivo de um crescente número de profissionais brasileiros, seja para evitar eventuais cortes nas empresas ou para pôr em prática uma idéia considerada inovadora.

Um levantamento recente realizado pela consultoria DBM mostra que o número de profissionais que optaram por abrir o próprio negócio no primeiro bimestre de 2009 superou em quatro vezes o total verificado no mesmo período do ano passado.

Em comparação com o último bimestre de 2008, o salto foi de 80%, o que mostra uma tendência em aceleração.

Brasil empreendedor

O potencial empreendedor brasileiro foi medido em pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM). O estudo, no qual o Brasil figura na 13ª posição entre 43 países, constatou que pela primeira vez no país os chamados "empreendedores de oportunidade" - aqueles que enxergam um novo nicho de atuação e planejam minuciosamente a abertura do negócio - ultrapassaram os "empreendedores de necessidade" - os aventureiros que não têm planejamento prévio e acabam fechando o empreendimento pouco tempo após sua abertura.

Segundo o GEM, a razão oportunidade/necessidade ficou em torno de 2, 03, atrás apenas da França (8,35) e dos Estados Unidos (6,86).

O Brasil conta hoje com 14,6 milhões empreendedores, o equivalente a 12,6% da população adulta - ou um empreendedor para cada 13 habitantes. Do total, quase 10 milhões são considerados "empreendedores por oportunidade". O destaque fica para os jovens brasileiros – os mais empreendedores do mundo.

Tanto entusiasmo leva um número cada vez maior de pessoas a decidirem trabalhar por conta. Segundo o Sebrae, hoje o país conta com 5 milhões de pequenos e médios negócios - o equivalente a uma empresa para cada 37 habitantes. Para 2015, calcula-se que o Brasil terá uma empresa para cada 24 habitantes, atingindo um nível similar às economias desenvolvidas da Europa.

"As pequenas e médias empresas já contribuem com 20% do PIB brasileiro", diz Ricardo Tortorella, diretor-superintendente do Sebrae-SP. Por isso as PMEs se tornam cada vez mais importantes não só para o trabalhador, mas também para a economia do país.

O estudo do GEM aponta também alguns dos melhores mercados para investir nos próximos anos. No setor de serviços - o mais promissor - lideram as atividades de informática, mas há espaço para novos bares, lanchonetes e centros de estética, por exemplo. No comércio, os destaques são para os segmentos de materiais e equipamentos para escritórios, autopeças, quitandas, avícolas e sacolões.

Na indústria, se destacam os ramos de fabricação de máquinas e equipamentos, edição e gráfica e confecção de artigos de vestuário - historicamente esse segmento vem puxando o bom desempenho da indústria nos pequenos negócios.

O Empreendedor Brasileiro

A pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor ouviu 2000 pessoas de cada um dos 43 países participantes.

Entre os brasileiros:

- 49% afirmam ter as habilidades e conhecimentos necessários para liderar o próprio negócio
- 44% veem boas oportunidades de começar um negócio próprio em seis meses
- 26% espera abrir nos próximos três anos
- 12% estão em estágio inicial do negócio
Cuidados antes de abrir um negócio

Apesar de o país apresentar um vasto campo de oportunidades, é preciso ter cautela. Quem deseja iniciar um negócio próprio deve estar ciente dos riscos e planejar cuidadosamente o novo empreendimento. É aí que entram as consultorias especializadas para dar apoio aos empreendedores e traçar um detalhado plano de negócios.

"Muita gente chega sem conhecimento do mercado que quer entrar. É preciso estudar a viabilidade do negócio, os concorrentes e ter uma visão global", diz João Marcos, consultor de empreendedorismo da DBM. "É preciso ter pé no chão, ter clareza de suas limitações e saber onde é preciso melhorar."

Para abrir um negócio, é preciso também estar disposto a enfrentar a burocracia. Em estudo recente elaborado pelo Banco Mundial, o Brasil ocupa a 125ª entre 181 países sobre a facilidade de começar um empreendimento. Em média, é preciso enfrentar 18 procedimentos burocráticos e esperar 152 dias até conseguir estruturar o negócio.

Mas, de acordo com João Marcos, é preciso ter cuidado ao analisar esses dados. "Há dificuldades como a burocracia e restrições ao crédito apesar de termos melhorado.

Mas em alguns casos, como o do comércio, isso é mais fácil e rápido. Depende do número de órgãos envolvidos para autorizações. É diferente abrir uma lanchonete e uma indústria química. O importante é não deixar a burocracia se tornar um desestímulo", diz ele.

E pelo número de empreendedores no Brasil, essa aparente barreira não é um impedimento. Basta ter um planejamento completo, estar disposto a correr riscos e investir dinheiro do próprio bolso - algo que 70% dos empreendedores faz.

FONTE: EXAME