quinta-feira, 26 de abril de 2012

Você: O Grande Diferencial Do Seu Currículo

Ter no currículo um MBA em uma instituição de renome pode até ajudar. Isso, no entanto, está longe de ser fundamental em uma seleção, afirma consultora

Ter um curso de MBA (Master Business Administration) no currículo já não é garantia de diferencial no mercado brasileiro. Embora não exista um levantamento preciso de quantas especializações do tipo existem no Brasil, já que os cursos se enquadram na categoria de pós-graduação lato senso e, consequentemente, não são avaliados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do MEC (Ministério da Educação), a estimativa da Associação Nacional de MBA é que existam mais de nove mil cursos. Poucas escolas, no entanto, desfrutam de renome no mercado e as que têm esse reconhecimento costumam praticar preços mais elevados – superiores a R$ 20 mil.

Então, optar por um curso mais barato significa algum tipo de exclusão no mercado, certo? A resposta é não, mas também é sim. A consultora da DDI Consultores do Brasil, Priscila Giglio, ressalta que algumas escolas realmente têm um conceito melhor entre recrutadores, empresários e executivos, mas o que tem mais peso na análise de um profissional, efetivamente, é o equilíbrio entre vários fatores. "Percebemos que as empresas avaliam um conjunto entre a experiência, aptidões, habilidades e o que efetivamente foi assimilado do curso realizado", explica.

Fabiana Nakazone, gerente da DM Recrutamento, Seleção e Desenvolvimento de Executivos, concorda. A consultora lembra que muitas vezes um curso pouco renomado de graduação pode ser sucedido de outro MBA reconhecido ou vice-versa. Por isso, na avaliação da profissional, uma marca reconhecida da instituição onde o curso foi realizado potencializa o currículo de um candidato, mas está longe de ser fundamental em uma seleção. "O ideal mesmo é uma formação sólida, independentemente da instituição escolhida. O profissional precisa mostrar a aplicação prática de seus conhecimentos, como se envolveu com o aprendizado, que tipo de experiência agregou a ele, e é isso que terá o maior peso em sua avaliação", analisa.

Escolha

Atualmente, não é difícil encontrar diversas modalidades de cursos de especialização e MBAs mais acessíveis e, entre elas, estão cursos online, presenciais, mistos, apenas aos finais de semana, de um a dois anos, intensivos e com ou sem avaliações periódicas. O MBA, sigla derivada dos Estados Unidos, é um especialista em administração de negócios, portanto, está sob a esfera desta opção as áreas de marketing, finanças, RH (Recursos Humanos), contabilidade, projetos, entre outras ciências ligadas à gestão. Trata-se, portanto, de um curso de especialização como qualquer outro, mas voltado para a administração.

Priscila Giglio, da DDI, analisa que mais importante do que a própria escolha da instituição na hora de cursar um MBA é que o profissional que busca determinada especialização tenha os seus objetivos bastante claros. "É necessário que o aluno do curso saiba qual caminho ele pretende traçar, quais as metas a serem atingidas com o estudo e que tipo de informações são mais valiosas em sua realidade ou perspectiva profissional. Por isso, é importante se informar muito e avaliar com cautela a opção de fazer um MBA, e que tipo de instituição ou área seguir". A consultora acrescenta que muitas vezes os profissionais acabam optando pela especialização antes mesmo de frequentar cursos de inglês ou de contar com o amadurecimento necessário para absorver as aulas de forma adequada, e nestas situações, a marca da instituição valerá muito pouco no final.

Fabiana, da DMRH, explica que a valorização de algumas instituições no País se dá pelo fato de a média de seus profissionais saírem com bagagem de conhecimento superior e desempenho satisfatório no mercado, mas que esse diagnóstico não limita a inserção de profissionais vindos de instituições menos renomadas ou mais novas. "É claro que existe a percepção que cursos muito acessíveis não conseguem alcançar níveis de excelência, em função do alto custo demandado com bibliotecas, estrutura, quadro docente e material didático, mas não se deve generalizar. É possível que com ferramentas web se reduza custos e profissionais consigam absorver grande carga de conhecimento, mesmo em cursos mais acessíveis. Não é comum, mas cada caso merece uma análise detalhada", comenta a consultora. 

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