quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cores, não deixe de usá-las no seu empreendimento

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Imagine que você está em uma loja para comprar uma camiseta, uma única camiseta, e nessa loja encontra milhares de outras opções que, feliz ou infelizmente, são do seu agrado ao ponto de lhe fazer provar uma por uma. Os modelos são iguais, o que as diferenciam são as cores, e isso faz com que uma ou outra aparente vestir melhor e, portanto, ganham a sua preferência. Me deparei nessa situação no domingo passado e, ao refletir com calma, percebi que era algo que acontece com frequência em nossas vidas.

Como consumidora, confesso que dou preferência por uma loja, lanchonete ou restaurante com uma aparência mais vistosa, mais vibrante. Apostar na inovação do estilo de seu ponto comercial pode ser um bom diferencial em relação aos seus concorrentes. Assim como o logotipo, o nome e o slogan da empresa, também é importante pensar em quais cores usar, seja na hora de montar a loja ou de elaborar o logotipo, por exemplo.

Na escolha de qual combinação usar, opte por cores que representem algo para sua empresa. Mas atenção, tome alguns cuidados. As cores têm uma certa influência psicológica sobre o ser humano, algumas estimulam, outras tranquilizam. Isso acontece porque são captadas pela visão e transmitidas para o cérebro, onde refletem impulsos e reações ao corpo. Para não dar nenhuma bola fora, confira abaixo o significado das cores, segundo o site Mundo Educação:

Preto: permite a auto-análise, a introspecção, pode significar também dignidade, está associado ao mistério.
Branco: remete a paz, sinceridade, pureza, verdade, inocência, calma.
Verde: simboliza esperança, perseverança, calma, vigor e juventude e ainda lembra a natureza.
Vermelho: ativa e estimula, significa elegância, paixão, conquista, requinte e liderança.
Amarelo: desperta, traz leveza, descontração, otimismo. Simboliza criatividade, juventude e alegria.
Azul: produz segurança, compreensão. Propicia saúde emocional e simboliza lealdade, confiança e tranquilidade.
Laranja: além de significar movimento, espontaneidade, tolerância e gentileza, é uma cor estimulante.
Cinza: promove equilíbrio e estabilidade.
Rosa: significa romance, sensualidade, beleza.
Violeta: significa sinceridade, dignidade, prosperidade, respeito.
Marrom: associa-se a estabilidade, constância, significa responsabilidade e maturidade.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A nova era do Marketing

Pare de achar que chocolates e pequenos brindes vão fidelizar seu cliente. Amplie seu marketing com bons produtos e novas estratégias de fidelização para ter mais sucesso em seu negócio

O que é preciso para os consumidores que compram um produto ou serviço de uma empresa tornem-se clientes fiéis e voltem a comprar produtos ou serviços dessa empresa?

Claro que essa resposta não vai apontar apenas um aspecto, mas a junção de diversas características e fatores. Podemos destacar que alguns deles são oferecer produtos de qualidade, ter um bom atendimento, saber quem são seus consumidores, concorrentes e, principalmente, conhecer muito bem o próprio negócio. 

competição

Só que o mercado, independente do produto vendido ou serviço oferecido, está bastante competitivo. Mais empresas buscam o mesmo espaço e o mesmo cliente. Isso dificulta a fidelidade do consumidor junto à empresa.

Um dos maiores especialistas em Marketing na era digital, Regis McKenna, em seu livro Marketing de Relacionamento relata que com tantas escolhas para os clientes, as empresas enfrentam o fim de sua fidelidade. De acordo com o autor, "para combater essa ameaça, as organizações podem aumentar seu pessoal de vendas e de marketing, lançando recursos caros no mercado como uma forma de manter seus clientes. Porém, a solução real obviamente não é 'mais marketing', e sim o 'melhor marketing'". Isso significa que a organização deve encontrar um modo de integrar o cliente à empresa, como forma de criar e manter uma boa relação entre ambas.

Marketing 3.0 e a nova era da fidelização

Philip Kotler, considerado o pai do Marketing Moderno, e outros importantes nomes de estratégias de marketing como Hermaean Kartajaya e Iwan Setiwan propõem uma nova evolução no conceito para as estratégias de mercado. De acordo com esses especialistas, entramos na era chamada de "Marketing 3.0". No seu recente livro intitulado com essa denominação, Philip Kotler ressalta que os clientes hoje estão escolhendo produtos e empresas que satisfaçam suas necessidades mais profundas de criatividade, comunidade e idealismo.

"Hoje, estamos testemunhando o surgimento do Marketing 3.0, ou a era voltada para os valores. Em vez de tratar as pessoas simplesmente como consumidoras, os profissionais de marketing as tratam como seres humanos plenos: com mente, coração e espírito. Cada vez mais os consumidores estão em busca de soluções para satisfazer seu anseio de transformar o mundo globalizado num mundo melhor. Em um mundo confuso, as pessoas buscam empresas que abordem suas mais profundas necessidades de justiça social, econômica e ambiental em missão, visão e valores.", revela um trecho do novo livro de Kotler.
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Nessa busca de agradar o consumidor e fazer diferente da empresa concorrente, não ache que apenas brindes supérfluos ou lembrancinhas irão fidelizar o seu público. A verdade é que, os clientes não querem apenas comprar produtos, querem consumir experiências.

Nesse aspecto, entre os caminhos para desenvolver uma boa estratégia de marketing voltada para fidelização, Robson Alberoni, presidente do Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado, conta que é fundamental "saber com profundo conhecimento o que os clientes valorizam e tentar personalizar cada uma das propostas à suas necessidades".

Cases da nova era do Marketing

Ainda de acordo com o novo livro de Philip Kotler, intitulado "Marketing 3.0", a essência na estratégia de agradar o cliente está direcionada nas práticas inovadoras, ou seja, na apresentação de uma nova perspectiva de negócios que podem transformar a vida dos consumidores.

Exemplos de organizações que atingiram sucesso através de modelos inovadores não faltam. Destaques para as tradicionais multinacionais de tecnologia como a Apple e seus sedutores produtos, os serviços diferenciados da Google, a Amazonon.com com a criação do mercado promissor de leitores digitais através do Kindle e o estúdio Pixar que revoluciona frequentemente o cinema de animação.

O que elas têm em comum? Todas essas aderiram uma postura constante de inovação em seus produtos e até de reinventar mercados.

Mas enganasse quem acha que "inovação" está apenas atrelada à tecnologia. Em todos os segmentos, centenas de empresas apostam em produtos e serviços revolucionários ou diferenciados. A rede de supermercados Wal-Mart, por exemplo, apostou em carrinhos de compra maiores e obteve aumento nas vendas. Cirque du Soleil também é outro reconhecido case de inovação e funciona como um laboratório criativo artístico de renome mundial.

Na onda do novo paradigma de inovação com desenvolvimento sustentável, os produtos da linha Ekos da Natura, os carros bicombustíveis e o crescimento das construções verdes reforçam exemplos dessa linha "sustentabilidade".

No caso da Amazon.com, através de uma prática inovadora, a empresa trabalhou um novo jeito de vender livros (e de outros produtos) com a Amazon.com (1994) e reinventou o próprio livro com o Kindle (2007), sempre buscando fornecer para a população uma maior seleção de conhecimento aliada à entrega conveniente.

A própria rede social Twitter, criado em 2006, é outro caso direcionado a atender as necessidades do consumidor. A rede foi à pioneira na idéia de microblogs na internet e conseguiu uma maneira das pessoas difundirem suas idéias na web de forma mais rápida e ágil.

Ambos os casos de práticas inovadoras refletem algo já dito por Peter Drucker, considerado uma das maiores autoridades na Administração, em seus livros e artigos sobre o assunto, quando revela que os negócios devem começar a partir de uma boa missão e os resultados financeiros vêm em segundo lugar.

A Amazon.com, por exemplo, teve seus primeiros lucros em 2001, após sete anos de existência na internet. Já o Twitter ainda nem finalizou seu modelo de negócios e ainda não tem certeza de como vai monetizar seus serviços.

As pessoas e o mundo estão em constante mudança. Os profissionais de marketing ou empresários que conseguirem visualizar isso da melhor forma sairão na frente da concorrência e terão mais facilidade de transformar seus consumidores, em clientes fies e divulgadores da sua marca. 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Os três mosqueteiros da gestão de pessoal: motivar, reconhecer e recompensar

A construção de líderes é um processo gradativo e de consciência. O gestor de pessoal é uma ponta fundamental no sucesso das estratégias da empresa. Sem um bom líder, não há motivação, tampouco produtividade e muito menos reconhecimento. Esses três pilares são capazes de tornarem uma ação ou simples evento em sucesso pleno.

A ambição de atingir mercados, metas e abocanhar concorrentes tornam a empresa tão cega que os erros aparecem na base, na estrutura, na gestão pessoal. Portanto, quem ainda não percebeu que a estratégia das vendas e do negócio dependem da motivação está perdendo alguma fatia do mercado ou patinando em ações erradas. Pois, o discurso da empresa não está calcado apenas no planejamento e na criação de metas. 

É preciso incorporar a alma nas ações. Primeiro credibilizar a equipe e ela o produto. Isso quer dizer, legitimar no sentido de mostrar quão ela é capaz de promover avanços.

Esse gerenciamento deve estar alinhado com uma boa gestão pessoal. Mas por quê? A resposta é simples: o ser humano é impulsionado pelo estímulo. Qualquer organização é composta de pessoas capazes. Algumas são mal gerenciadas, nem gerenciadas são. É nessa fluida engrenagem que o negócio é sustentado e executado. Portanto, senhores do mercado, mãos a obra e olhos voltados à equipe.

Pois bem, se a motivação é a base da produção e o único estímulo que você dispõe é o salário do funcionário, ele automaticamente vai produzir de acordo com o que você paga. O endomarketing está na mesa para trazer resultados, não só para comunicar. A comunicação é fundamental, principalmente aquela direcionada à valorização do quadro efetivo. Mostrar que a equipe também é parte da mensagem é algo genial, e hoje em dia fator de mudanças.

Não adianta fidelizar o consumidor, isso já descobrimos como fazer. A questão é comprometer o público interno para que a imagem da corporação não tenha ruídos, e todos que lá trabalham sejam realmente felizes e produtivos. Ao invés de primeiramente cobrar metas, estimule o empenho.

Muitas apostam em premiações como viagens, bônus e prêmios em geral para quem alcança a meta. Não é um erro. A questão, não é só entregar o prêmio ao funcionário. O ideal seria reconhecer pessoalmente cada um que superou suas metas individuais. Essa habilidade do gestor é o que chamamos de corpo a corpo. Isso se faz sem gerar custos à organização. Um gesto de aperto de mãos, uma salva de palmas, uma placa comemorativa ou uma notinha no jornal interno, custa quanto? E significa quanto em retorno?

Ousar no mercado pode ser um risco, mas ousar internamente buscando o comprometimento do setor pessoal jamais será arriscado. O marketing de incentivo, portanto, não está baseado tão somente em premiações em valores, mas também em inter pessoal. É normal encontrar funcionário que é top de vendas. Ele recebe todo mês o bônus de recompensa. Mas o direitor mal sabe o nome dele. Talvez, com ele valeria trocar o prêmio em papel, pelo abraço do chefe diante da equipe, ou um jantar entre colegas.

Por isso, ao pensar em gerenciar o setor de recursos humanos, preste atenção nas pessoas. Estão nelas as chaves do desempenho, o valor da empresa. Os resultados tendem a aparecer com as novas técnicas na rotina do RH. Ouse, credibilize, venda mais!

* Sueli Brusco é sócia e diretora executiva da SimGroup, especializada em marketing e programas de reconhecimento. Também é socióloga e psicóloga, especialista em Programação Neurolingüística, psicodrama, psicologia comportamental, marketing pessoal, marketing político e automotivação. É oradora motivacional de cursos e workshops sobre Desenvolvimento da Inteligência Emocional.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Marketing de Rede: Aprenda a Lucrar Com Venda Direta


Olá pessoal, aqui tenho uma reportagem que eu achei há alguns meses atrás, mas que eu tinha esquecido de postar, como sempre é mencionado uma ou duas empresas, mas o importante mesmo é o tema da reportagem de forma geral sobre Marketing de Rede, acompanhem.

"Ganhe até R$ 100 mil por ano trabalhando para uma multinacio­nal em casa." 

Ao receber um cha­mamento implícito carregado de tamanho apelo, não sonhe com di­nheiro fácil, mas também não o ig­nore de cara, duvidando da pro­messa. Em geral, esse tipo de men­sagem nas propostas via e‑mail, ou por outras formas de contato, para trabalhos em marketing de rede costuma deixar as pessoas ressabia­das. Mas existem casos em que, com boa administração e muito tra­balho, é possível ter sucesso no ra­mo, com um negócio próprio. 

Em geral, o trabalho consiste na venda de produtos fabricados por determinada empresa ‑ entre as mais comuns estão Amway, Forever Living, Herba­life, Nature's Sunshine e recentemente Monavie e Agel, sem vín­culo com o fornecedor, em troca do recebimento de uma comissão sobre as vendas, que pode chegar a 50%. Mas, diferentemente do traba­lho de distribuição para empresas como Avon e Natura, o marketing de rede permite a remuneração pe­lo recrutamento de outros distri­buidores. Por esse sistema, o pri­meiro vendedor ganha duplamen­te: pela quantidade de vendedores que arrebanhar para a empresa e pelas vendas deles. 

O diretor de Novos Negócios da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) e sócio da consultoria especializada Direct­biz, Marcelo Pinheiro, comenta que "essa é uma chance de ser um empresário e ganhar dinheiro com baixo investimento". Segundo ele, as leis brasileiras impedem que o distribuidor assuma algum com­promisso com o fornecedor, evitan­do, dessa forma, a constituição da conhecida pirâmide, enquadrada como estelionato.

"Portanto, esse negócio é completamente legal." Pinheiro afirma que, para ser bem‑sucedido, o revendedor preci­sa combinar uma grande rede de consumidores com a formação de uma equipe eficiente abaixo dele. O interessado deve, necessariamen­te, procurar um distribuidor que já atue na área para indica‑lo. Ao ad­quirir um kit de produtos e instru­ções para venda, por um custo que varia entre R$ 100 e R$ 200, o dis­tribuidor já pode começar a vender. Para ter acesso a essa ativida­de, o interessado deve ter 18 anos ou mais. Não existe necessidade de abrir uma microempresa, pois os vendedores atuam como pessoas fí­sicas autônomas. 

O lucro só vem com muito esforço

É desnecessário e até desaconse­lhável manter estoque dos produ­tos, diz Sérgio Gianechini, gerente geral da Herbalife do Brasil. O ven­dedor pode trabalhar apenas com encomendas. A Herbalife tem co­mo carro‑chefe produtos para ema­grecimento. Não é à toa que o bor­dão adotado pelos seus mais de 70 mil vendedores no País seja "Perca peso agora, pergunte‑me como". Gianechini explica que, embora os casos de sucesso sejam o princi­pal mote da empresa e de seus ven­dedores para conquistar sócios, a Herbalife e outras empresas dei­xam claro em seus kits que "toda renda dependerá unicamente do esforço pessoal dos distribuidores, sem nenhuma garantia de ganho."

Como atuam como autônomos, os distribuidores podem revender os produtos pelo preço que quiserem. Ricardo Tanaka, diretor‑geral da Amway do Brasil, diz que os inte­ressados são, em geral, casais, que dividem o tempo no serviço. Se­gundo ele, além do desconto na compra dos produtos e do ganho obtido com a equipe de distribuido­res, os participantes bem sucedi­dos são contemplados com bônus mensais e anuais e viagens. A Amway possui um código de conduta que veda a comunicação em massa via e‑mail para recruta­mento de distribuidores.

Esse meio de divulgação abre espaço, segun­do o Procon, à ação de pessoas inescrupulosas (veja os principais cuida­dos a serem tomados abaixo). Preconceito ainda é fator de resistência O marketing de Rede ainda enfren­ta resistências, no Brasil, por causa de percal­ços nos anos 90. Na época, os distri­buidores se preocuparam basica­mente em obter ganhos com a for­mação de equipes sem dar a neces­sária atenção à venda de produtos. Com a formação de redes muito grandes, mas improdutivas, os tra­balhadores não obtiveram lucros e a popularidade do marketing de re­de foi brutalmente abalada.

Para refazer essa imagem, a Am­way, por exemplo, está relançando sua marca no País com o objetivo de ampliar o foco para a venda de produtos. "Estamos oferecendo ­três tipos de treinamento: para apresentação da empresa, venda de produtos e crescimento profissional", diz Tanaka.

Vendedor recolhe o imposto na fonte

Os distribuidores têm os impos­tos retidos na fonte sobre o rendi­mento obtido. As empresas descon­tam o imposto de Renda pela tabela progressiva, de acordo com o volu­me vendido pelo distribuidor, além do ICMS. Os produtos devem ser en­tregues com nota fiscal aos distribui­dores, que devem emitir recibos ao consumidor final para garantir a preservação de seus direitos.


Marketing de rede: aprenda a lucrar com venda direta
Danilo Fariello - Jornal da Tarde, Empregos, 3-D
Marketing de rede

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Marketing de Rede - Isso é uma pirâmide?




Olá amigos! Você certamente irá se identificar com o diálogo desses dois personagens, se ainda não encontrou pessoas assim, prepare-se, pois cedo ou tarde elas aparecem, quando menos se espera. A tradução foi feita pelo meu amigo Bruno Coelho do blog www.brunocoelhommn.com.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Liderança é um talento nato ou desenvolvido?

É uma questão que, ao longo dos anos, tem obcecado muitos estudiosos do conceito de liderança e é muitas vezes colocada em pauta por executivos em programas de desenvolvimento

Ou a pergunta sequer tem relevância?



As qualidades de um líder são natas ou adquiridas?

É uma questão que, ao longo dos anos, tem obcecado muitos estudiosos do conceito de liderança e é muitas vezes colocada em pauta por executivos em programas de desenvolvimento. Aqui está nossa resposta – é uma pergunta ruim, que gera respostas ruins.

A experiência de muitas décadas escrevendo sobre a liderança prova que esta é uma questão que não produz resposta satisfatória, principalmente para líderes aspirantes.

Compreensivelmente, a linha de pensamento adotada por educadores administrativos leva a crer que qualidades de liderança podem ser desenvolvidas, desde que haja características pessoais pertinentes, como inteligência e energia física. Mas o fato é que você não sabe exatamente com quais características nasceu até tentar arduamente expressá-las.

Então por que os executivos ainda debatem esta questão? Muitas vezes é para avaliar seu próprio potencial de liderança e, às vezes, para determinar o dos outros. No entanto, a pergunta "nata ou desenvolvida" não é apropriada para tais avaliações, pois faz com que executivos abordem os temas errados – como quais disposições são fixas e quais comportamentos são passíveis de mudança.

Na verdade, a questão pouco revela, pois não lida com um ponto chave: o tamanho da responsabilidade.
Qual nível de liderança que a pessoa aspira? Os mais altos níveis apresentam tarefas enormes, complexas e conflituosas. O ambiente, os limites e as regras se tornam menos definidas e, definitivamente, é a função do líder moldar as escolhas que surgem.

Além disso, quanto mais os executivos avançam como líderes, mais terão de lidar com pessoas de alto calibre que sabem muito bem como conseguir o que querem, que são difíceis de lidar, com gênio forte e que têm um acentuado apetite pelo poder.

Para os executivos que tentam avaliar seu potencial de liderança, propomos três questões críticas.

Questão 1: Até onde você quer ir?

Para chegar ao cargo mais alto e para cumprir suas obrigações, você deve, continuamente, tomar medidas que afetarão a renda e a vida dos outros. Você estará inserido em um contexto onde outras pessoas vão querer a sua posição ou estarão competindo com você para chegar ao cargo acima.

É fácil criticar a competência daqueles com responsabilidades maiores do que as nossas e é ainda mais fácil imaginar como faríamos melhor.

Muitos que aspiram à liderança sênior simplesmente subestimam o grau e o tipo de esforço necessário para assumir essas responsabilidades.

Um exercício útil: Olhe para as funções de seu chefe e pergunte-se, honestamente, se poderia fazê-lo tão bem, ou melhor. Em seguida, considere o líder no mais alto escalão – talvez o CEO – e descubra com quais assuntos esta pessoa lida todos os dias. Tente analisar a maneira como você passa seu tempo e, em seguida, o tempo, energia e recursos necessários para realizar os trabalhos do CEO. O que é preciso para se tornar CEO de sua empresa?

O que você tem que fazer, mas que, neste momento, ainda não pode, ou não gosta? Do que você gosta agora, mas teria de abrir mão?

Questão 2: Em que você está disposto a investir?

Aspirantes à liderança podem se iludir a respeito de seus pontos fortes e limitações. É difícil digerir o fato de que você tem limitações significativas, mas, se estiver determinado a ser líder, enfrentará escolhas difíceis sobre quanto esforço deve aplicar e em quais áreas – a fim de desenvolver as capacidades que permitem o exercício da responsabilidade extrema.

A liderança certamente exige inteligência nos negócios, habilidades técnicas e sensibilidades culturais, mas, acima de tudo, exige poder. Embora seja perturbador para algumas pessoas, a realidade brutal é que não importa o que faça, um líder deverá conquistar, exercer e manter o poder. Encontramos muitos com "grande potencial" que aspiram à alta liderança, mas como estão acostumados a receber recompensas por serem inteligentes e criativos, acabam deixando de lutar por ela.

Embora tenha conotação negativa para alguns, a sede pelo poder é uma condição necessária para alcançar posições de alta responsabilidade.

Haverá prazeres dos quais você deve desistir e, certamente, haverá implicações em sua vida pessoal – levantando questões não somente a respeito do "equilíbrio trabalho-vida pessoal" no curto prazo, mas sim de encontrar uma "mistura viável" a longo prazo.

E há convicções limitadoras que deverão ser superadas. Elas reduzem sua capacidade de enxergar as coisas como realmente são e impedem gerar novos comportamentos. Atuando como um líder, você tem de levar as pessoas onde nunca estiveram antes – em pensamento e ação – muitas vezes contra as vontades iniciais delas.

Até você soltar os ganchos que o amarram ao seu próprio passado, não conseguirá alcançar novas fronteiras.

Questão 3: Como vai manter isto?

Por várias décadas, você precisa de métodos para se manter motivado nos momentos em que não está sendo reconhecido e recompensado pelo seu desempenho – e também para lidar com críticas, resistências, retrocessos e aqueles que não gostam de você ou aquilo que está pedindo. A avaliação dos custos da liderança não é um evento único. Se você visualiza mais 10, 20 ou mesmo 30 anos de trabalho de liderança, então deverá encontrar métodos eficazes para manter a vitalidade física, a flexibilidade emocional e o alcance e frescor intelectual.

Enquanto realizam o árduo trabalho da liderança, muitos se tornam cada vez mais fechados e dependentes da própria conduta que lhes trouxe o sucesso. Portanto, periodicamente, executivos seniores devem pausar as atividades para rever onde estão investindo seu tempo e energia para assegurar que permaneçam capazes de gerar novos comportamentos para lidar com novos desafios.

Educadores administrativos podem ter razão quando dizem que se aprende a liderança. Mas em vez de se reconfortar na idéia de que você pode se desenvolver, você deve temer a quantidade de trabalho há no desenvolvimento de métodos para administrar situações inusitadas e circunstâncias extremas.

A questão mais importante da liderança não é se é "nata ou desenvolvida". As questões primordiais são: quais são os seus bens no momento e o que está disposto a fazer – ou sacrificar – para conquistar a posição mais alta possível da liderança?


Preston Bottger é professor de Leadership and General Management, no IMD. Ele leciona nos programas Leading the Global Enterprise (LGE), Orchestrating Winning Performance (OWP) e o Program for Executive Development (PED).

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Otimizando o tempo: como ganhar 10 horas a mais na semana

Qualquer coisa que você possa fazer para melhorar sua organização irá fazer diferença para a melhoria da sua produtividade, melhor gerenciamento do seu tempo e também para a proteção do seu bolso.

Você gostaria de ganhar 10 horas a mais na sua semana de trabalho?

Veja abaixo algumas estatísticas apresentadas em reconhecidas publicações americanas como Office Systems, Forbes e Business and Society Review: (podemos considerá-las válidas para o Brasil):
 
* O americano médio gastará um ano de sua vida procurando por objetos perdidos em mesas bagunçadas.


* 1 hora de planejamento pode economizar 10 horas de trabalho

* uma pessoa que tem o costume de trabalhar em espaços desorganizados ou mesas bagunçadas, cheias de papel, perde em média 1 hora e meia por dia procurando por documentos e objetos ou ainda sendo distraído por eles. Isso pode chegar a 7 horas e meia por semana!

* Pode custar até US$120 em horas de trabalho para localizar um documento perdido e até US$250 para recriá-lo

Eu poderia colocar mais algumas dezenas de estatísticas aqui para tentar convencê-los da importância que organização pessoal significa, mas acho que todos já entenderam a questão.

Quer economizar tempo no seu dia? O primeiro passo é tomar consciência da necessidade de melhorar sua performance e encontrar maneiras de trabalhar de forma mais eficiente e produtiva. Feito isso acredite, tudo o que você precisa é Atitude!

Ah!, e sim, você vai precisar também investir um pouco do seu precioso tempo.

Vamos supor que você tem muita, muita coisa mesmo acumulada para fazer e por conta disto está meio que paralisado, sem saber para onde ir. Em razão da enorme bagunça ao seu redor, está também sem saber por onde começar. Prazos perdidos, projetos atrasados, fogo se alastrando, stress crescendo...

Apesar deste caos (supostamente "controlado"), você pensa que é uma tremenda perda de tempo parar e arrumar toda a "bagunça", até por que isto não funcionou da última vez e não lhe parece muito produtivo tentar novamente.

O que você meu caro amigo, talvez não saiba, é que se quiser realmente mudar esta situação em que vive, precisa considerar a possibilidade de investir um pouco do seu tempo para se organizar melhor. Este é o único caminho. Se não souber por onde começar, procure ajuda nos artigos de nossas e-newsletters, participe de nossos cursos, procure um livro relacionado, contrate até mesmo um profissional para ajudá-lo ou simplesmente navegue por este site diariamente por alguns minutos.

Basta implementar simples idéias para se organizar melhor e deixar que aos poucos essas idéias se incorporem ao seu dia de trabalho. Os resultados serão imediatos e os benefícios crescentes.

Acesse aqui a calculadora do gasto de tempo, OZ! Calc , e calcule o custo do tempo perdido por você ou pelos funcionários na sua empresa.

Qualquer coisa que você possa fazer para melhorar sua organização irá fazer diferença para a melhoria da sua produtividade, melhor gerenciamento do seu tempo e também para a proteção do seu bolso.

Hábitos básicos como utilizar a agenda de forma plena, possuir um sistema de arquivos adequado, trabalhar num espaço organizado, ter o costume de planejar seu trabalho e suas tarefas ou utilizar os recursos da tecnologia de forma eficiente, podem fazer toda a diferença do mundo.

Às vezes escuto pessoas dizendo " preciso me organizar melhor, quando tiver um tempo vou fazer isso".
Minha resposta é: Este tempo disponível não vai cair do céu, ele deve ser criado. Depende apenas de uma atitude sua.

Organize-se! Você pode!
José Luiz S.Cunha
OZ! Organize Sua Vida

terça-feira, 26 de abril de 2011

Vá até o seu cliente

Supermercado flutuante (Nestlé/divulgação)
Atender o cliente na porta de casa pode ter um custo alto para a empresa, mas às vezes é essencial para conquistar alguns consumidores, especialmente se eles estiverem em locais de difícil acesso. Investindo em uma espécie de comércio porta-a-porta, a Nestlé inaugurou nesta quinta-feira (17) um “supermercado flutuante” para atender comunidades ribeirinhas da Amazônia. O barco é todo coberto por propagandas da empresa, e carrega apenas produtos alimentícios da Nestlé.

Essa foi a estratégia encontrada pela empresa para aumentar o seu público consumidor. A Nestlé investiu cerca de R$ 1 milhão neste projeto, e a expectativa é atingir 800 mil pessoas por mês. O barco vai navegar pelo Rio Pará e passará por 18 cidades, ficando parado um dia em cada uma. De acordo com a empresa, a iniciativa faz parte do programa “Nestlé até você” e tem como objetivo atingir um público de classes C, D e E.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mito ou Verdade: Nome Da Universidade Pesa No Currículo?

Muito se fala sobre o peso do “nome da universidade” no currículo dos profissionais. Mas até onde esta história é verdadeira? Tire suas dúvidas aqui


É muito provável que você já tenha escutado que aqueles que estudam em renomadas instituições de ensino superior terão mais facilidade de conseguir um emprego do que aqueles que estudam em instituições menos conceituadas. Mas será que isso é verdade? Até que ponto o nome da intituição de ensino influência a escolha dos recrutadores em uma entrevista?

Entrar e concluir uma instituição de ensino superior no Brasil, de fato, não é tarefa para todos. Segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 8% da população brasileira possuem esse diploma acadêmico. Mas quando se trata das universidades mais conceituadas, esse número de pessoas que conseguem o diploma é ainda menor.

A coach Reginah Araújo, da Escola de Executivos e Negócios Master Mind, revela que o nome da universidade influência sim e, em determinados casos, é determinante na decisão dos recrutadores em uma entrevista de emprego. "Existem universidades que são realmente referência em algumas áreas e aí, o diploma de uma dessas renomadas universidades faz a diferença na análise do currículo".

Para os olhos do mundo corporativo, o aluno de uma boa faculdade já foi aprovado duas vezes: uma quando passou no vestibular e outra quando se formou, já que o grau de exigência nestas instituições costuma ser bem maior.

Quando se trata de candidatos para estágio, trainee ou recém formados que, geralmente, não possuem ainda uma grande bagagem profissional, o peso dessa escolha é mais acentuado. Claudia Monari, consultora da Career Center, consultoria especializada em gestão estratégica de carreiras e recursos humanos revela que "muitas empresas fazem seus processos seletivos para programas de estágio e trainee e já na pré-seleção definem de quais universidades devem vir os candidatos, antes mesmo de chamá-los para uma entrevista."

Mas afinal, como saber se uma universidade é bem conceituada? Uma dessa forma é conferir a avaliação do MEC (Ministério da Educação) sobre a instituição. Para isso existe o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) que é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Além disso, é possível encontrar ajuda em revistas e jornais que produzem rankings de qualidade e contato com pessoas que já passaram pelas instituições.

"Nome de universidade" - diferencial até quando?

Mas quem acha que apenas estudar em uma universidade renomada terá sempre um diferencial para concorrer no mercado está profundamente enganado. Especialistas em recursos humanos entrevistados pelo Portal Administradores são unânimes em dizer que a experiência profissional anterior conta mais na hora da escolha dos candidatos.

A consultora Claudia Monari analisa como importante o conceito da universidade na decisão dos recrutadores, mas faz uma ressalva sobre o tema. "Existe a possibilidade do candidato ser escolhido por conta da universidade que fez, porém quanto mais maduro, ou seja, quanto maior a maturidade do candidato, o fator universitário vai ficando mais distante, dando espaço para experiência, que conta muito mais." Para Cláudia Monari "nada substitui a prática do dia a dia e o perfil de competências que o profissional adquire com a maturidade".

Teresa Gama, diretora e consulta do Projeto RH, empresa especializada em recrutamento e gestão pessoal, compartilha da mesma opinião. Para ela "quando a vaga requer uma experiência específica, uma maturidade profissional, o que geralmente pesa mais é a bagagem do candidato e o seu perfil. E, não apenas isso, mas também se ele buscou ampliar seus conhecimentos, teve experiências, mesmo que com projetos que possam ter propiciado uma visão crítica, analítica, postura empreendedora etc.

Outros diferencias

Na busca de um "lugar ao sol" no mercado, outro fator que colabora na conquista para uma vaga é o constante aprimoramento. Para isso, aquele que busca manter-se atualizado através de, por exemplo, cursos, palestras, intercâmbio, leituras ou um novo idioma, é um profissional mais valorizado no mercado. "A pessoa também pode fazer uma pós-graduação boa e isso também dá um peso maior à sua formação", acrescenta a diretora do Projeto RH, Teresa Gama. 

Teresa salienta que "a formação é apenas um dos itens avaliados em um processo seletivo. O perfil e as competências que a posição requer têm um peso muito grande na decisão sobre a contratação. O mercado muda muito e requer um profissional atualizado e com as tendências que o cargo exige".

Mas para aqueles que ainda não possuem um currículo diferenciado e querem conquistar uma oportunidade, a especialista Reginah Araújo revela uma dica. "Quando o candidato não possui um belo currículo deve possuir um ótimo desempenho na entrevista com um bom marketing pessoal e surpreender o entrevistador". 

Por tanto, independente se você possui um bom currículo ou um ainda não tão bom assim, demonstrar sempre determinação, vontade e personalidade nas tarefas exigidas são trunfos para te ajudar a ter mais sucesso no futuro e no presente da sua carreira.

Por Fábio Bandeira de Mello

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Barack Obama, Steve Jobs... Saiba como falar como um líder

Veja dicas de como transformar sua apresentação em um poderoso instrumento de trabalho, transmitindo credibilidade e segurança em reuniões, entrevistas e palestras

Quem nunca reparou no poder de persuasão de algumas pessoas? Na forma como certos profissionais conseguem falar de maneira clara e objetiva ? A confiança, a clareza e o convencimento são elementos que não dependem apenas de conhecimento do conteúdo, mas também da uma boa postura, naturalidade entonação da voz, expressão corporal e emoção no que é transmitido.
Steve Jobs
Steve Jobs em sua apresentação do Iphone

Atualmente, quando se fala em apresentações de qualidade, um dos principais exemplos citados é o do Steve Jobs, fundador da Apple Computadores, que possui uma reconhecida capacidade de envolver e seduzir platéias. Ao transformar os lançamentos de produtos da Apple em eventos memoráveis, Jobs estabeleceu novos padrões de apresentação para o mundo empresarial.

Barack Obama
Presidente dos EUA, Barack Obama
Outro grande nome que, indiscutivelmente, "sabe falar em público" é o de Barack Obama. Sua habilidade pôde ser vista, principalmente, no ano em que assumiu a presidência americana, no qual, conquistou admiradores em todo mundo, não só pelas suas atitudes e ideais, mas também pela forma que conseguia transmitir e contagiar as pessoas que ouviam seu discurso.

Apesar de diferentes em alguns pontos, as técnicas utilizadas por Steve Jobs e Barack Obama encantam plateias de todo o mundo e podem sim, ser aproveitados como excelentes aprendizados para todos aqueles que desejam ter apresentações bem-sucedidas e que, realmente, a platéia se interesse naquilo que está dizendo.

Steve Jobs: o revolucionário

"Jobs não vende produtos, mas sim experiências. Suas exposições são verdadeiros acontecimentos, nos quais ele transforma consumidores em entusiastas de sua marca". É assim que o norte-americano Carmine Gallo, um dos principais especialistas mundiais em técnicas de comunicação reconhece o talento do executivo. Para Gallo, o sucesso de Steve Jobs está em seu forte carisma moldado com a utilização de variadas técnicas, que abrangem desde a linguagem, a roupa, as palavras-chave, os conceitos e os suportes visuais escolhidos.

Carmine Gallo
Carmine Gallo, autor do livro
"Faça como Steve Jobs"
Em entrevista exclusiva ao www.administradores.com.br, Carmine Gallo, que é o autor do livro Faça como Steve Jobs - e realize apresentações incríveis em qualquer situação, conta que Jobs não se tornou um orador excepcional do dia para a noite. "Steve Jobs tem 'carisma', fazendo suas apresentações parecerem que não há esforço. E você sabe como ele consegue? Pela prática. Muita e muita prática. Ele está trabalhando em seu ofício ao longo de décadas e, por isso, é tão eficiente no que faz".

O especialista Carmine Gallo diz que com a utilização de técnicas de apresentação e muito treino, qualquer pessoa pode conquistar seu público, seja qual for o objetivo. Ele cita algumas dicas para uma boa apresentação com o uso das técnicas usadas por Steve Jobs. "É interessante elaborar um roteiro de apresentação eficaz e acrescentar dramaticidade e ritmo às suas apresentações. Outra coisa é, caso utilizar algum programa de apresentação, usar mais imagens do que texto. Há muito pouco texto em uma apresentação de Steve Jobs. Além disso, é muito eficiente desenvolver uma descrição de uma frase para o seu produto ou serviço, ou seja, crie slogans curtos e impactantes. Quando ele introduziu o IPad no início deste ano, Jobs descreveu como um 'dispositivo mágico e revolucionário' Como você descreveria o seu produto no Twitter – uma mensagem de 140 caracteres ou menos? Esse é um bom exercício".


falar em público
A arte de falar em público 

 Os especialistas explicam é que aprender como falar em público não é uma tarefa impossível. Essa é uma característica que pode ser trabalhada, com maior ou menor dificuldade, e ser dominada por qualquer um. Haverá sempre pessoas que são melhores do que outras, como em qualquer atividade, mas não é impossível para ninguém conseguir falar em público com desenvoltura.

Reinaldo Polito, um dos mais renomados palestrantes de oratórias no Brasil, revela que "um bom orador precisa ser carismático, bom contador de histórias e bem-humorado. Há exceções que até servem para confirmar a regra, mas, em quase todos os casos, esses são ingredientes fundamentais
Reinaldo Polito
Consultor de oratória
Reinaldo Polito
para o sucesso na comunicação". Para Polito, "embora o conteúdo seja importante, de nada adiantaria conhecer o assunto se não fossem esses ingredientes que projetam e marcam a imagem do orador".

Em reuniões de negócios, apresentações e prospects, o profissional com uma dicção limpa, objetiva e firme consegue passar a informação de forma mais clara, fazendo-se compreender com mais facilidade. As entrevistas de emprego, por exemplo, também exigem do candidato certa habilidade de saber se expressar. O entrevistado tem poucos minutos para demonstrar confiança, credibilidade, responsabilidade, entre outros atributos valorizados pelas empresas.

Edson Mazieiro, presidente do Clube da Voz, destaca que aperfeiçoar e melhorar o padrão de comunicação é essencial para o desenvolvimento de uma carreira profissional de sucesso. "Falar com clareza e objetividade não é sinônimo de falar alto ou gritar, significa passar firmeza, com calma, sem atropelar as palavras. Uma boa respiração é imprescindível nestes casos", afirma.

Barack Obama – liderança e comunicação eficiente

Destaque como exemplo de grande orador, o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é outro reconhecido nome que consegue em suas apresentações despertar muita atenção nas pessoas. Mas o que há de tão especial assim em seu discurso?

O consultor Reinaldo Polito ilustra que o presidente norte-americano, está sempre elegante, usando a energia e a emoção na medida certa, com voz pausada e raciocínio lógico e bem estruturado. "Barack Obama sabe como poucos adaptar a maneira de transmitir a mensagem de acordo com os anseios dos ouvintes. Esse entendimento que tem sobre as aspirações das pessoas e a capacidade de transmitir as informações levando em conta a circunstância que o cerca faz do presidente americano um orador excepcional".

O poder da voz

Assim como nos relacionamentos, é necessário conquistar. Falar com convicção e de forma envolvente é um caminho para ganhar a preferência do público-alvo, seja ele qual for. Para o especialista Edson Mazieiro, a voz é um importante instrumento para esse processo e saber transmitir a informação com coesão e clareza pode fazer a diferença até na conclusão de um negócio (veja dicas no quador abaixo).

"Enganam-se as pessoas que consideram a voz primordial em apenas algumas profissões, como radialista, operador de telemarketing e professor. Todos precisam entender e se fazer entendidos, logo, uma boa comunicação interpessoal pode trazer muitos ganhos para todas as áreas, seja dentro das empresas, em reuniões, entrevistas, palestras ou no dia-a-dia", completa Mazieiro.

Chamar atenção sem ser um bobão

apresentações Só que algumas pessoas confundem o conceito de "apresentar" com "aparecer". Às vezes, ser exagerado ou engraçadinho demais pode fazer surtir um efeito contrário na apresentação e torná-la um fracasso. Por isso, é importante medir as informações que podem agregar interesse à apresentação sem deixá-la banal ou uma piada.

O consultor Reinaldo Polito conta que apresentadores devem evitar exageros e excessos, e destaca algumas técnicas para falar em público fundamentais na hora da apresentação. "O orador precisa saber como iniciar, preparar, desenvolver e concluir de maneira correta suas apresentações. Deve usar a voz de forma adequada, com bom volume, boa dicção e alternar o volume da voz e a velocidade da fala para imprimir sempre um ritmo agradável e motivador. O vocabulário precisa ser apropriado às características dos ouvintes. A expressão corporal de qualidade é aquela que produz gestos que acompanham bem o ritmo e a cadência da fala, sem falta e sem exageros".

Desta maneira, é muito mais fácil conquistar a simpatia de quem está ouvindo e, consequentemente, vender serviços, produtos e ideias. 

Veja alguns exercícios elaborados pelo Clube da Voz para exercitar a entonação e postulação da voz 

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  • Para treinar a voz e melhorar a entonação, falando corretamente cada sílaba, coloque um lápis entre os lábios e fale palavras que contenham as letras R e L. Isso garantirá melhor fluidez na fala.
  • Para tornar o discurso mais harmônico, um exercício é repetir diversas vezes as sílabas SI-FU-XI-PA, de forma pausada e respirando corretamente, ou emitir o som HUMMMM... até vibrar os lábios. Estes treinos auxiliam o locutor a manter sempre o mesmo tom durante a fala, melhorando a dicção.
  • As pessoas que possuem a voz presa na garganta devem fazer o exercício de bocejar e suspirar repetidamente antes de falar em público. Este movimento abre o espaço entre a língua e a faringe, facilitando a saída da voz.
  • Para aprimorar a flexibilidade dos órgãos da fala, estale a língua, rode-a na boca de um lado para o outro e eleve e abaixe a ponta da língua ou, com o objetivo de melhorar a articulação, emita com clareza as seguintes sílabas BA – BÉ – BÊ – BI – BÓ – BÔ – BU, e assim por diante, passando por todas as vogais e consoantes.
  • A respiração também é essencial e deve ser exercitada. Portanto, encha os pulmões de ar, respirando sempre pelo nariz, até estender o diafragma – como se a barriga enchesse de ar. Com este movimento, a parte superior do tórax, onde estão localizados os pulmões, também inflará. Quando a respiração estiver em sua capacidade máxima, solte o ar calmamente, relaxando todo o corpo.


Por Fábio Bandeira de Mello