quarta-feira, 9 de maio de 2012

Montei Minha Empresa na Faculdade: Conheça Algumas Histórias de Sucesso

Com poucos recursos, muito talento e uma imensa vontade de acertar, jovens universitários transformaram boas ideias em excelentes negócios

Romero Rodrigues cursava Engenharia Elétrica na Poli USP quando, junto com seus colegas, pensou em uma ideia que mais tarde revolucionaria o comércio eletrônico brasileiro.

"Tudo começou quando um dos meus amigos (hoje sócio), Rodrigo Borges, procurava na Internet um modelo de impressora para comprar. Depois de pesquisar bastante, ele não encontrou nada sobre preço ou especificações técnicas. Concluímos que era uma oportunidade a ser explorada e tivemos a ideia de criar um negócio que pudesse solucionar esse problema", explica.

Com começo difícil, o grupo de estudantes retirava do próprio bolso 100 reais ao mês, cada um, para cobrir os custos de manutenção. "No início, tivemos dificuldades na aceitação do conceito da empresa. Os varejistas não tinham tanto interesse em abrir seus preços para serem comparados na internet. No entanto, revertemos essa situação na medida em que melhoramos nossa audiência, e nos transformamos na porta de entrada do comércio eletrônico no Brasil".

O jovem estudante de Engenharia tornou-se, hoje, o presidente do grupo BuscaPé, site referência na comparação de preços de produtos pela internet, com nove empresas acopladas e atuante na cadeia de varejo em mais de 20 países.


Jovens empreendedores
Romero Rodrigues (esq.) e Bruno Tomasi (dir.) são dois empreendedores que inciaram seus negócios ainda na universidade | foto: divulgação


Empreendedorismo entre gerações

Outro empresário que começou cedo sua aventura no mundo dos negócios foi Bruno Tomasi. Aos 23 anos, Bruno soube enxergar na fábrica de peças e acessórios de metal para banheiras do avô, uma oportunidade de expansão para os negócios de decoração em lavabos e banheiros. Hoje, com 28 anos, é dono da Doka Bath Works, referência quando se trata em decoração de banheiros de luxo. Os produtos da Doka são exportados para os Estados Unidos e Europa e suas peças viraram tendência nos projetos mais ousados e charmosos dos principais arquitetos do mundo.

A vocação para empreendedor, aliada à formação em Administração de Empresas, possibilitou a Bruno Tomasi evoluir em seu negócio. "Apesar de alguns anos trabalhando em conjunto com meu pai e avô, sempre tomei decisões embasadas em pesquisas junto ao mercado, o que sempre me deu confiança para seguir minhas convicções, sair do mundo das ideias e realmente implementar projetos reais. Depois da Doka, já empreendi um outro negócio e tenho certeza de que não vou parar por aqui".

As possibilidades encontradas pelos dois empresários, Romero e Bruno, só aconteceram pelo fato de terem acreditado e investido em suas ideias. Uma das lições aprendidas por começarem um empreendimento tão cedo foi compreender que qualquer projeto demanda esforço e intenso trabalho por um longo período. Manter-se atento às tendências do mercado, e não se deixar desmotivar por algumas dificuldades foram outras regras. Bruno Tomasi destaca também que "muitas vezes, a falta de capital estanca o início do projeto, mas hoje existem diversos programas de incentivo às empresas, encontrados no BNDES e FINEP, por exemplo."

Incubadoras como parceiras


Outra forma de colaborar para a concretização de um projeto é através das Incubadoras de empresas. Elas estimulam a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas através de suporte técnico, gerencial e formação complementar para os empreendedores. Catarina Azevedo, coordenadora da Incubadora de Empresas da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, relata que enquanto 56% dos empreendimentos fecham as portas até o terceiro ano de vida, as empresas que são incubadas têm mais possibilidades de darem certo. "Por conta do suporte desse sistema, a taxa de mortalidade das empresas vinculadas às incubadoras no Brasil é menor que 20%."

Quem soube aproveitar essa colaboração, foi o empresário carioca Marcius Costa, que conseguiu tirar do papel sua ideia do Motofog, uma moto fumacê com o escapamento adaptado usada no combate de pragas agrícolas e vetores urbanos, como a dengue. Com a assistência da Incubadora da UVA, a empresa ganhou parceiros tecnológicos ligados ao Instituto Genesis na PUC- Rio e teve sua tecnologia patenteada no INPI. "A incubadora foi fundamental para ingressar no mercado. Ela ofereceu todo suporte que seria necessário com muito investimento e um canal de network que demoraríamos anos para adquirir", salienta Marcius.

Esse planejamento certo, fez com que a Fumajet, empresa do Marcius, já colhesse os frutos. Recentemente ela venceu o Desafio Brasil Intel 2010, competição entre empresas e empreendedores de inovação tecnológica que reuniu mais de 162 equipes de todas as regiões do país.

Box 1
Arte | José Maia


Negócios através da incubadora


Montar uma empresa não é tarefa fácil, pelo contrário, trata-se de um trabalho árduo que requer da pessoa muito esforço e dedicação. No entanto, isso não significa que você precisa fazer e pensar em tudo sozinho. Existem diversas instituições como o Sebrae, Endeavor, incubadoras e cooperativas que podem ajudá-lo nessa caminhada. Logo abaixo, confira o infográfico com um passo a passo de como conseguir apoio e assessoria através das incubadoras de empresas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por ler, participar e interagir com o blog, mas por favor não inclua nome de empresas, nem ID ou qualquer menção a propaganda, pois seu comentário será excluso.

Esse blog trata-se de uma fonte de informação neutra e pretendo mantê-lo assim.

Obrigado e faça parte da nossa News Letter!