quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Porta Fechada Para a Crise

Mercado de vendas diretas firma-se como alternativa de geração e complementação de renda, especialmente em beleza e confecção. É possível começar do zero, sem qualquer investimento

Rio - Seja para a complementação dos ganhos ou como principal fonte de renda, o segmento de vendas diretas conquista cada vez mais representantes, consultores ou revendedores.


Independentemente do nome que cada empresa atribua a ele, o trabalhador desse setor é autônomo e se dedica à atividade de acordo com a disponibilidade de tempo que tiver. Os ganhos estão relacionados a quanto o interessado está disposto a andar e, principalmente hoje em dia, à capacidade de usar redes de relacionamento.


No terceiro trimestre de 2009, a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEDV) registrou volume de negócios de R$ 5,791 bilhões — 17,8% a mais que o registrado nesse período em 2008. Descontada a inflação acumulada de 4,3%, o crescimento real foi de 13,5%. De julho a setembro, o ramo envolvia 2,378 milhões de revendedores, soma 19,2% acima do apurado 12 meses antes.


Programas de pontuação, premiações por desempenho e viagens atraem ainda mais quem está em busca de alternativas de renda ou quer apenas mudar de vida, distanciando-se do mercado de trabalho convencional. “A proposta é oferecer oportunidade a quem vive na informalidade”, define Davi Damazio, diretor de Marketing da Amway do Brasil, multinacional que vende suplementos alimentares, produtos para cuidados pessoais e beleza, além de itens para a casa.


Muitos começam a vender sem acreditar na continuidade e acabam tomando gosto pelo trabalho.


Na Amway, 50% dos cadastrados ativos estão na fase de construção de negócios e liderança, forma de carreira.


Diretor financeiro da DeMillus, Nelson Cuptchik explica que os revendedores da marca de lingerie, homens e mulheres, muitas vezes começam como consumidores e depois descobrem o potencial para vendas. “Um bom vendedor consegue ganhar até R$ 1.500 por mês”, afirma Nelson.

Segundo ele, em dezembro de 2009, havia 130 mil revendedores DeMillus no País — 20% a mais que o total aferido no fim de 2008. “A crise não passou pelos segmentos de confecção e cosméticos, que são os principais produtos da venda direta”, destaca o executivo.


E nem sempre é preciso investimento inicial, caso de algumas marcas que exigem aquisição de kits. Ganha-se percentual sobre venda e muitas vezes trabalha-se em dupla. A DeMillus, por exemplo, fornece o primeiro catálogo. Para ser revendedora, basta ter ficha limpa no Serviço de Proteção ao Crédito. “E não ocupa tempo, a pessoa pode estar empregada e apenas complementar a renda”, observa Nelson.


DICAS ABEDV


O QUE É
A venda direta é um sistema de comercialização de bens de consumo e serviços diferenciado, baseado no contato pessoal, entre vendedores e compradores, fora de um estabelecimento comercial fixo. No Brasil, 2 milhões de vendedores diretos movimentaram R$ 18,5 bilhões em 2008 — terceira posição mundial.



SEGMENTOS
O setor é composto por empresas de segmentos diversos, sendo 88% da categoria de cuidados pessoais, 6% de suplementos nutricionais, 5% de cuidados do lar, e 1% de serviços e outros.



PORTA A PORTA
Também chamada de venda por relacionamento, ocorre em círculos sociais, fora de estabelecimentos comerciais fixos. Não deve ser confundida com venda porta a porta — termo está sujeito a toda sorte de mercadorias, de origem desconhecida — em que não se aplicam as diretrizes do Código de Conduta da ABEVD.

 
Fonte: O Dia On Line - Por Leila Souza Lima

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